O anterior registo do número de vítimas apontava para 15, noticiou a agência Frace-Presse (AFP).
A rota migratória das Ilhas Canárias, Espanha, porta de entrada para a Europa no aceano Atlântico, registou nas últimas semanas um forte aumento de atividade nas costas do noroeste da África.
Ocorreram várias tragédias nas últimas duas semanas, sendo que pelo menos 13 migrantes de Dacar morreram no naufrágio do seu barco na costa do Marrocos, enquanto outro barco virou em Saint-Louis, no norte do Senegal, causando a morte a pelo menos 14 pessoas.
Segundo o porta-voz do governo, Abdou Karim Fofana, a polícia deteve 530 pessoas que procuravam emigrar ilegalmente e apreendeu nove canoas desde o início do ano.
A Gendarmaria (polícia militar) deteve 195 pessoas, incluindo 173 senegaleses, acrescentou a mesma fonte.
Fofana também anunciou o regresso de 478 migrantes senegaleses "detidos em Marrocos".
"Todas as medidas estão tomadas para o seu acolhimento e apoio" aos seus respetivos lares, "sem qualquer forma de repressão", garantiu o porta-voz do governo.
O Presidente senegalês Macky Sall manifestou esta segunda-feira a sua "profunda dor" após o naufrágio.
Sall vai pedir esta quarta-feira ao governo, num Conselho de Ministros, que intensifique os controlos das potenciais zonas e locais de partida, mas também que implemente todos os sistemas de vigilância, sensibilização e apoio aos jovens, reforçando os programas públicos "de luta contra a emigração ilegal".
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