Yuri Aristov, deputado de 48 anos do partido no poder Servo do Povo, foi visto em meados de julho num hotel de cinco estrelas do arquipélago do oceano Índico, de acordo com o 'site' de notícias Slidstvo.info.
Na sequência destas revelações na imprensa, David Arakhamia, o presidente do grupo presidencial no Parlamento, destacou hoje em comunicado que pediu a "suspensão imediata" do deputado no seio do seu grupo parlamentar.
"Solicitei todos os documentos de viagens de negócios e que todas as informações sejam verificadas", acrescentou.
O presidente do Parlamento ucraniano, Rouslan Stefantchouk, revelou, por sua vez, que recebeu uma carta de demissão de Aristov, também vice-presidente da comissão parlamentar responsável pela segurança nacional, defesa e inteligência, cujo papel é eminentemente estratégico.
"[A situação] será avaliada na próxima sessão plenária" do Parlamento, referiu ainda, sem adiantar mais detalhes.
É necessária uma votação parlamentar para remover um deputado eleito do seu cargo na Ucrânia.
Volodymyr Zelensky abordou hoje à noite a polémica, referindo que preferir "ilhas e resorts em tempos de guerra" é "uma traição aos princípios do Estado".
"Qualquer traição interna, qualquer 'praia' ou qualquer enriquecimento pessoal, em vez de [defender] os interesses da Ucrânia vai provocar no mínimo raiva", sublinhou durante o habitual discurso noturno diário.
"Devemos trabalhar na Ucrânia e pelos interesses do povo ucraniano", destacou, numa mensagem dirigida a deputados, funcionários públicos e outros agentes do Estado.
As condições impostas às viagens para fora do país de funcionários públicos ou deputados foram amplamente regulamentadas desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022 e, em particular, da introdução da lei marcial.
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