Alison Rose admitiu ter cometido um "sério erro de julgamento" por discutir o encerramento da conta de Farage no Coutts Bank, parte do grupo NatWest, com um jornalista da BBC.
Numa declaração divulgada hoje, horas depois de ter expressado total confiança na responsável, o banco acabou por dizer que Alison Rose saiu "por mútuo acordo".
"É um momento triste", disse o presidente do banco, Howard Davies.
A responsável, que renunciou ao cargo hoje de manhã, foi criticada por ter sido identificada como a fonte de informações incorretas divulgadas por um jornalista da BBC sobre a conta de Farage.
A emissora pública também foi forçada a pedir desculpa pelas informações incorretas divulgadas e que indicavam que a conta tinha sido encerrada porque Farage não atendeu à exigência de riqueza do banco -- ter um empréstimo de um milhão de libras (1,1 MEuro) no Coutts.
Quando o caso veio a público, há algumas semanas, Farage admitiu que não sabia porque é que a conta tinha sido encerrada, mas depois disse ter tido acesso a um documento que questionava a sua adequação como cliente do Coutts.
O documento expressava preocupação com as suas opiniões políticas e avaliava o risco relativo à sua reputação caso o mantivesse Farage como cliente.
Depois da divulgação da história pela BBC, baseada numa fonte anónima, Farage divulgou documentos que obteve do banco e que mostravam discussões entre funcionários sobre as suas opiniões políticas e o "dano à reputação" associado a mantê-lo como cliente. Os documentos diziam que Farage era "visto como xenófobo e racista" e "considerado por muitos como um vigarista hipócrita".
Farage desempenhou um papel importante na retirada do Reino Unido da União Europeia, em grande parte alimentando preocupações sobre a imigração. Os eleitores acabaram por apoiar o Brexit num referendo realizado em 2016 e o Reino Unido deixou a UE em 2020.
Na noite de terça-feira, Rose pediu desculpa e reconheceu que ela era a fonte anónima da reportagem imprecisa da BBC, que afirmava que a decisão de fechar a conta de Farage era puramente comercial.
Farage acusou o banco de limitar a sua liberdade de expressão e alguns membros do governo conservador seguiram-no nas mesmas preocupações.
O NatWest foi resgatado pelo governo durante a crise global de 2008 e quase 40% continuam a ser propriedade dos contribuintes britânicos.
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