Trevor Reed, o antigo fuzileiro norte-americano que foi libertado pela Rússia em 2022 numa troca de prisioneiros e que estava a lutar atualmente na Ucrânia, deverá recuperar dos seus ferimentos.
Segundo avançou a ABC News, citando fontes próximas da situação, o soldado ficou ferido por fragmentos de explosivo em ambas as pernas, enquanto combatia perto de Bakhmut, mas deverá "recuperar completamente".
Reed está internado do centro médico militar Landstuhl, na Alemanha.
A emissora norte-americana confirmou também que o militar, depois de ter sido libertado numa troca de prisioneiros com a Rússia em abril, viajou para a Ucrânia em novembro de 2022 como voluntário, com o objetivo de lutar do lado ucraniano.
Reed terá ficado ferido quando a sua unidade se encontrava perto de Bakhmut, no leste da Ucrânia, um dos principais palcos da guerra e onde continua a decorrer a mais longa batalha de todo o conflito. O grupo do qual fazia parte estava a avançar no âmbito da contraofensiva ucraniana, quando uma explosão feriu o soldado e outros colegas.
A ABC News conta ainda que o Departamento de Estado dos EUA ajudou Reed mal se soube que este tinha ficado magoado. Vedant Patel, um porta-voz do departamento, contou na terça-feira que as autoridades colaboraram com uma organização não-governamental para que o militar fosse levado em segurança para a Alemanha.
O porta-voz deixou claro que Trevor Reed "não estava a colaborar com qualquer atividade em nome do governo", pelo que terá ido para a Ucrânia a título próprio, potencialmente para combater nas forças armadas de voluntários estrangeiros, que foram estabelecidas logo no início da guerra.
"Desde o início da guerra que temos avisado os cidadãos norte-americanos que viajam para a Ucrânia, especialmente com o propósito de participar no combate lá, que enfrentam riscos significativos, incluindo o risco de captura, de morte ou de danos físicos", acrescentou Patel.
Reed chegou a estar detido pela Rússia durante três anos, após um incidente no verão de 2019, em Moscovo, quando foi acusado por ter agredido um polícia após uma noite em que ficou alcoolizado. As autoridades norte-americanas argumentaram que o homem foi detido injustamente, e desaprovaram a elevada pena de nove anos de prisão a que foi condenado.
O soldado acabou por ser libertado em abril de 2022, quando o Kremlin acordou uma troca de prisioneiros, recebendo em troca o traficante de drogas Konstantin Yaroshenko.
Leia Também: Norte-americano, libertado em troca de prisioneiros, ferido na Ucrânia