O presidente do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, reuniu-se durante a cimeira Rússia-África, em São Petersburgo, com representantes do Níger, um país onde os militares fizeram um golpe de Estado, informou hoje o jornal online Fontanka.ru.
O encontro teve lugar num hotel em São Petersburgo, à margem da cimeira, para a qual Prigozhin não terá sido oficialmente convidado, segundo a fonte.
Prigozhin, que liderou uma rebelião armada falhada contra o Kremlin, em 23 e 24 de junho, teve também reuniões com representantes do Mali e da República Centro-Africana.
A notícia é acompanhada por uma fotografia de Prigozhin a posar com um delegado africano num hotel de que é proprietário e onde estão alojados muitos dos convidados.
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Putin preside hoje ao primeiro dia da cimeira Rússia-África em São Petersburgo, que reúne cerca de 50 delegações africanas.
O paradeiro de Prigozhin tem sido objeto de muita especulação desde o seu motim fracassado e aparente exílio na Bielorrússia, em junho.
Recorde-se que os mercenários da Wagner protagonizaram uma sublevação armada contra as autoridades russas durante dois dias. Depois disso, e mesmo depois o 'exílio' na Bielorrússia, ficou por explicar em que ponto estava a relação entre Putin e Prigozhin.
Além da liderança do grupo de mercenários, Yevgeny Prigozhin esteve envolvido em várias outras atividades e negócios, nomeadamente media e catering.
O Grupo Wagner (GW) desempenha desde há anos, de forma ambígua e informal, as funções de braço armado de Moscovo no estrangeiro, um estatuto posto em causa pela rebelião liderada pelo seu chefe, Prigozhin.
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