"Estamos determinados a pôr em prática tudo o que é necessário para a criação de uma força multinacional, incluindo encontrar uma nação líder para o fazer", disse Antony Blinken.
"Espero que em breve possamos dar conta de progressos neste domínio", acrescentou.
Gangues controlam cerca de 80% da capital haitiana, onde são comuns os crimes violentos como rapto com pedido de resgate, assalto à mão armada e roubo de automóveis.
Com as forças de segurança haitianas sobrecarregadas, o secretário geral da ONU, António Guterres, e o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, pediram uma intervenção internacional para apoiar a polícia.
Guterres apelou para o envio de uma força externa à ONU, mas o Conselho de Segurança pediu ao português que apresentasse um relatório, até meados de agosto, sobre todas as opções possíveis, incluindo uma missão liderada pela ONU.
Vários países afirmaram apoiar a ideia de uma tal força, mas nenhum se ofereceu para a liderar.
Esta semana, os Estados Unidos ordenaram ao pessoal não essencial e às famílias dos funcionários públicos que abandonassem o Haiti "o mais rapidamente possível".
Há meses que os Estados Unidos aconselham os cidadãos a não viajarem para o Haiti, devido aos riscos de "raptos, crime, agitação civil e infraestruturas sanitárias deficientes".
O aviso de viagem, atualizado regularmente pelo Departamento de Estado norte-americano, aponta para um nível de segurança 4, o mais elevado tendo em conta os riscos envolvidos.
O pessoal da embaixada dos Estados Unidos está já confinado a uma área residencial protegida e proibido de andar pela capital ou utilizar transportes públicos ou táxis.
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