Novo balanço aponta para 44 mortos em explosão de bomba no Paquistão

A explosão de uma bomba num comício político no noroeste do Paquistão, no domingo, causou pelo menos 44 mortos e quase 200 feridos, disse hoje o ministro da informação da província de Khyber Pakhtunkhwa, Feroz Jamal.

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Lusa
31/07/2023 07:01 ‧ 31/07/2023 por Lusa

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Paquistão

De acordo com a polícia local, a explosão aconteceu durante uma reunião de apoiantes do partido Jamiat Ulema-e-Islam, do clérigo e líder político Maulana Fazal ur Rehman, que decorria nos arredores de Khar, capital do distrito de Bajur.

Um balanço inicial apontava para a morte de 10 pessoas na explosão, embora a polícia tivesse admitido que o número de vítimas mortais poderia aumentar, à medida que o hospital local foi recebendo centenas de feridos, muitos dos quais em estado crítico.

O ataque ainda não foi reivindicado, mas o grupo extremista Estado Islâmico (EI) opera nesta zona de fronteira com o Afeganistão.

A reunião foi organizada num local perto de um mercado, mas posteriormente foram adicionadas tendas devido ao grande número de apoiantes que compareceram.

O local estava a ser vigiado por voluntários do partido, vestidos com trajes tradicionais e munidos de bastões.

O chefe da polícia de Khyber Pakhtunkhwa, Akhtar Hayat Gandapur, disse que uma investigação inicial sugere que um bombista suicida entrou no local, apesar da segurança feita por voluntários do partido, e que especialistas em explosivos estavam a vasculhar o local para procurar e preservar as provas.

O primeiro-ministro paquistanês, Shabaz Sharif, o Presidente, Arif Alvi, e outros líderes condenaram o ataque e pediram às autoridades que prestem toda a assistência possível aos feridos e às famílias enlutadas.

Maulana Ziaullah, o chefe local do partido de Rehman, está entre os mortos. O senador Abdur Rasheed e o ex-legislador Maulana Jamaluddin também estavam no palco, mas escaparam ilesos.

Funcionários do partido disseram que Rehman não estava no comício.

Rehman é considerado um clérigo pró-talibã e o seu partido político faz parte do Governo de coligação de Islamabad.

Vários encontros estão a ser organizados em todo o país para mobilizar apoiantes para as próximas eleições.

Bajur, que costumava ser uma região tribal, mas tornou-se um distrito, tem sido um refúgio seguro para militantes islâmicos até anos recentes, quando militares paquistaneses realizaram operações massivas para eliminar a militância da região tribal.

Militantes islâmicos ainda atacam forças de segurança e civis com frequência nesta região.

Leia Também: Pelo menos 40 mortos em explosão durante comício no Paquistão

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