De acordo com a polícia local, a explosão aconteceu durante uma reunião de apoiantes do partido Jamiat Ulema-e-Islam, do clérigo e líder político Maulana Fazal ur Rehman, que decorria nos arredores de Khar, capital do distrito de Bajur.
Um balanço inicial apontava para a morte de 10 pessoas na explosão, embora a polícia tivesse admitido que o número de vítimas mortais poderia aumentar, à medida que o hospital local foi recebendo centenas de feridos, muitos dos quais em estado crítico.
O ataque ainda não foi reivindicado, mas o grupo extremista Estado Islâmico (EI) opera nesta zona de fronteira com o Afeganistão.
A reunião foi organizada num local perto de um mercado, mas posteriormente foram adicionadas tendas devido ao grande número de apoiantes que compareceram.
O local estava a ser vigiado por voluntários do partido, vestidos com trajes tradicionais e munidos de bastões.
O chefe da polícia de Khyber Pakhtunkhwa, Akhtar Hayat Gandapur, disse que uma investigação inicial sugere que um bombista suicida entrou no local, apesar da segurança feita por voluntários do partido, e que especialistas em explosivos estavam a vasculhar o local para procurar e preservar as provas.
O primeiro-ministro paquistanês, Shabaz Sharif, o Presidente, Arif Alvi, e outros líderes condenaram o ataque e pediram às autoridades que prestem toda a assistência possível aos feridos e às famílias enlutadas.
Maulana Ziaullah, o chefe local do partido de Rehman, está entre os mortos. O senador Abdur Rasheed e o ex-legislador Maulana Jamaluddin também estavam no palco, mas escaparam ilesos.
Funcionários do partido disseram que Rehman não estava no comício.
Rehman é considerado um clérigo pró-talibã e o seu partido político faz parte do Governo de coligação de Islamabad.
Vários encontros estão a ser organizados em todo o país para mobilizar apoiantes para as próximas eleições.
Bajur, que costumava ser uma região tribal, mas tornou-se um distrito, tem sido um refúgio seguro para militantes islâmicos até anos recentes, quando militares paquistaneses realizaram operações massivas para eliminar a militância da região tribal.
Militantes islâmicos ainda atacam forças de segurança e civis com frequência nesta região.
Leia Também: Pelo menos 40 mortos em explosão durante comício no Paquistão