"Após o rapto do Presidente da República, Mohamed Bazoum, os golpistas voltam a atuar e aumentam o número de detenções abusivas", denunciou o Partido da Democracia e do Socialismo do Níger (PNDS).
Hoje de manhã, foram detidos o ministro do Petróleo, Mahamane Sani Mahamadou, filho do antigo presidente Mahamadou Issoufou, e o ministro das Minas, Ousseini Hadizatou.
Os golpistas também "prenderam o presidente do Comité Executivo Nacional do PNDS", Fourmakoye Gado, acrescenta-se no comunicado.
"A isto seguem-se as detenções do ministro do Interior e da Descentralização, Hama Amadou Souley, do ministro dos Transportes, Oumarou Malam Alma, e do deputado e antigo ministro da Defesa, Kalla Moutari", refere o partido.
O PNDS "exige" a "libertação imediata" dos ministros detidos e "injustamente sequestrados", afirmando temer que o Níger esteja a caminhar para "um regime ditatorial e totalitário".
Fontes próximas da presidência referiram também a detenção do ministro da Educação Profissional, Kassoum Moctar.
As detenções ocorrem numa altura em que a junta emitiu um comunicado apelando a "todos os antigos ministros e diretores de instituições para que devolvam aos vários departamentos ministeriais e direções todos os veículos oficiais colocados à sua disposição", o mais tardar até às 12:00 (11:00 GMT) de segunda-feira.
O primeiro-ministro do Níger, Ouhoumoudou Mahamadou, denunciou um "golpe de Estado gratuito" à France 24 no domingo e reiterou que o Níger contava "fortemente com a sua parceria internacional".
O Presidente Bazoum está mantido como refém na sua residência por elementos da sua segurança, desde a manhã de quarta-feira. Falou por telefone com vários chefes de Estado e outras personalidades dos países parceiros do Níger, como a França e os Estados Unidos.
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