Num comunicado, a diretora da delegação no Líbano da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA, na sigla inglesa) da UNRWA, Dorothee Klaus, indicou que os confrontos também causaram danos materiais a duas escolas da agência das Nações Unidas na cidade, de onde mais de 2.000 pessoas foram obrigadas a fugir desde o início da violência.
Segundo o comunicado, a organização suspendeu "todas" as atividades no campo de refugiados palestinianos de Ain el-Helu, o maior no Líbano, onde a violência se tem concentrado desde sábado à noite.
"A UNRWA apela urgentemente a todas as partes para que regressem imediatamente à calma e tomem todas as medidas necessárias para proteger os civis, incluindo as crianças. Apelamos a todos os atores armados para que respeitem os edifícios e instalações da agência, em conformidade com o direito internacional", afirmou Klaus.
Os confrontos eclodiram há três dias, depois de homens armados terem tentado assassinar um miliciano islamita identificado como Mahmoud Ali Zubaidat, e continuam a grassar apesar das tentativas de estabelecer um cessar-fogo.
Entre os mortos encontra-se um alto comandante do movimento nacionalista palestiniano Fatah, o brigadeiro-general Abu Ashraf al-Armushi, abatido a tiro domingo juntamente com vários dos seus companheiros numa emboscada perpetrada por milicianos rivais.
Mais de 470.000 refugiados palestinianos estão registados na Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente no Líbano, embora se estime que pouco menos de metade residam no país mediterrânico.
Ain el-Helu, fundado em 1948, é o maior campo de refugiados palestinianos em território libanês e é frequentemente palco de violência ou de confrontos entre fações, que tendem a confrontar-se por causa de disputas pessoais e de incidentes de natureza política.
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