Os praticantes de kitesurf saltam ao longo das ondas, uma lancha rápida puxa crianças num barco insuflável, as famílias apanham sol. É assim que vários ucranianos procuram descansar da vida num país em guerra.
Com a maior parte da costa ucraniana do Mar Negro ocupada pelas tropas russas ou na sua linha de fogo, as famílias estão a afluir às margens interiores do Tylihul, um rio que se alarga num amplo estuário rodeado de pastagens.
Os dias quentes quase fazem esquecer os ucranianos que a linha da frente fica a algumas horas de carro. Segundo os banhistas, citados pela Reuters, o descanso é um alívio desesperadamente necessário.
No entanto, as autoridades e alguns residentes receiam que as multidões possam danificar um habitat natural importante e delicado.
Importa lembrar que a Rússia suspendeu, no dia 17 de julho, o acordo para exportação de cereais da Ucrânia através do Mar Negro, que estava a vigorar há quase um ano. Após a decisão, Moscovo prometeu inspecionar todos os navios com destino a portos ucranianos em busca de armas e que vai considerar essas embarcações como potenciais alvos militares, independentemente da sua bandeira.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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