Uma das mortes ocorreu quando uma multidão incendiou uma mesquita na cidade de Gurgaon, em Haryana, num ataque que também envolveu armas de fogo, disse o vice-comissário da polícia, Nitish Agarwal, citado pela agência espanhola EFE.
De acordo com a agência noticiosa indiana PTI, foram registados mais quatro mortos e dezenas de feridos no distrito de Nuh, incluindo vários elementos das forças de segurança.
O jornal Times of India noticiou que duas das vítimas mortais são elementos da polícia.
O surto de violência, que começou na segunda-feira à tarde e se prolongou durante a noite, teve origem em Nuh, cerca de 75 quilómetros a sul da capital, Nova Deli.
Os confrontos começaram depois de um grupo de hindus ter realizado uma procissão numa zona de maioria muçulmana.
As autoridades comunicaram a detenção de vários dos alegados participantes nos atos de violência.
Foi imposto um recolher obrigatório e os serviços de Internet foram suspensos nos dois distritos.
A polícia aumentou a presença nas ruas e bloqueou várias estradas para tentar evitar mais distúrbios.
As autoridades de Gurgaon ordenaram igualmente o encerramento de todos os estabelecimentos de ensino durante todo o dia de hoje.
O ministro-chefe de Haryana, Manohar Lal Khattar, apelou aos cidadãos para que se mantenham pacíficos.
"Os culpados não serão poupados, custe o que custar, e serão tomadas as medidas mais severas contra eles", afirmou nas redes sociais, citado pela agência francesa AFP.
No passado, a Índia foi palco de confrontos sangrentos entre hindus e muçulmanos que causaram milhares de mortos e feridos.
Desde a chegada ao poder do primeiro-ministro nacionalista hindu Narendra Modi, em 2014, a Índia assistiu a vários episódios de violência inter-religiosa entre a maioria hindu e a minoria muçulmana de cerca de 200 milhões de pessoas.
A Índia tem 1,4 mil milhões de habitantes e cerca de 80 por cento são hindus.
Ativistas dos direitos humanos têm acusado o Partido Bharatiya Janata (BJP), de Modi, de marginalizar a comunidade muçulmana.
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