"Foi um ato terrorista", declarou Antoine Abdoulaye Diome, que se deslocou ao bairro Yarakh, em Dakar, local do ataque.
"É um ato criminoso e desumano, atirar um 'cocktail' molotov contra um autocarro que transportava senegaleses", acrescentou.
Segundo as primeiras informações, sete pessoas encapuzadas entraram no autocarro, roubaram dinheiro e os telemóveis dos passageiros e, depois, lançaram o 'cocktail' molotov para dentro do veículo.
O ataque acontece quando há uma crescente tensão no país devido à detenção do líder da oposição Ousmane Sonko na sexta-feira.
Sonko foi acusado de oito crimes e está em prisão preventiva desde a segunda-feira. O partido de Sonko foi encerrado pelo Governo senegalês, que o acusa de incitar os "seus simpatizantes a participar em movimentos de insurreição".
Desde a sua detenção, eclodiram tumultos em Dakar e noutras cidades do país entre as forças da polícia e os jovens, que queimam pneus, constroem barricadas e bloqueiam estradas para protestar.
Pelo menos duas pessoas morreram nesta segunda-feira em novos protestos de apoiantes de Sonko, segundo as autoridades senegalesas.
O opositor denunciou a "instrumentalização" da justiça por parte do Presidente senegalês, Macky Sall, para o impedir de concorrer às próximas eleições, marcadas para 2024.
Conhecido pelo seu discurso "antissistema", Sonko critica a má governança, a corrupção e o neocolonialismo francês e tem muitos seguidores entre os jovens do Senegal.
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