Rússia denuncia novos ataques a navios russos e Kyiv nega autoria

As Forças Armadas da Ucrânia rejeitaram hoje envolvimento nos ataques a navios russos que ocorreram na terça-feira no mar Negro, enquanto Moscovo atribuiu a Kyiv a autoria destas novas ações contra as suas embarcações.

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© Russian Defence Ministry/Handout via REUTERS

Lusa
02/08/2023 14:49 ‧ 02/08/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

O porta-voz da Armada ucraniana, capitão Dmitri Pletenchuk, desmentiu o Ministério da Defesa da Rússia ao assegurar que os 'drones' marítimos que segundo Moscovo foram utilizados "não são parte da força naval" ucraniana.

"Em relação ao incidente que supostamente ocorreu, as forças navais não têm nada que ver", disse Pletenchuk em declarações à Rádio Liberty, uma empresa de radiodifusão financiada pelos Estados Unidos, indicou a agência noticiosa ucraniana UNIAM.

Em paralelo, o Ministério da Defesa da Rússia informou hoje que repeliu na última noite outro ataque ucraniano com um 'drone' contra um dos seus navios patrulha que "acompanhava um navio mercante no sudoeste do mar Negro", indica o comunicado oficial.

Segundo a nota, a tripulação do navio conseguiu "detetar e neutralizar" o 'drone' aquático da Ucrânia antes de provocar danos.

Os 'drones' marítimos ucranianos, que em meados de julho danificaram a ponte de Kerch na Crimeia, que une esta península anexada à Rússia continental, converteram-se numa arma que desafia a superioridade naval russa.

Moscovo suspeita que a NATO forneceu a Kyiv tecnologia para o fabrico de 'drones' marítimos, apesar de alguns serem provenientes de motas de água reconvertidas, armadilhadas e não tripuladas.

Na terça-feira, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter neutralizado "três embarcações não tripuladas" que se dirigiam a dois dos seus navios de guerra que patrulham o mar Negro, o "Serguei Kotov" e o "Vasily Bykov".

Apesar de ter demorado algum tempo, o Exército ucraniano reivindicou na semana passada a autoria do último ataque contra a ponte da Crimeia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Rússia acusa Ocidente de criar "coligação antirrussa"

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