Níger. Cabo Verde retira oito cidadãos do país com ajuda portuguesa

Cabo Verde retirou oito cidadãos do Níger, país do Sahel desestabilizado por um golpe militar na semana passada, com ajuda de Portugal e da França, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional.

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Lusa
02/08/2023 20:40 ‧ 02/08/2023 por Lusa

Mundo

Níger

Em nota de imprensa, a diplomacia cabo-verdiana referiu que condena o golpe de Estado no Níger, dando conta que na altura encontravam-se, em Niamey, oito cidadãos cabo-verdianos, que participavam na 11.ª Reunião dos pontos focais dos 15 países da Comunidade Económica do Estados da África Ocidental (CEDEAO), que também assinalava o 13.º aniversário do Centro de Energias Renováveis e Eficiência Energética da comunidade (ECREEE).

O Ministério dos Negócios Estrangeiros avançou que imediatamente reuniu os parceiros para uma solução urgente.

Disse ainda que contactou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, que por sua vez contactou o Governo francês, que deu instruções ao seu embaixador em Niamey para colocar os cabo-verdianos na lista dos evacuados, junto dos seus cidadãos e os de outros países da Europa.

"Os oito cabo-verdianos deixaram hoje o Níger e devem chegar a Paris esta noite, onde serão recebidos pela representação de Cabo Verde em França, que já preparou toda a logística", acrescentou.

O MNE cabo-verdiano avançou ainda que a Embaixada em França está neste momento a trabalhar, em coordenação com os serviços centrais, para que os oito cidadãos possam regressar a Cabo Verde na quinta-feira.

O Ministério agradeceu ainda a ação dos seus departamentos centrais e externos e dos representantes de França, de Portugal e da União Europeia em Abuja e Niamey.

Uma junta militar, autodenominada Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (CNSP), liderada pelo general Abdourahamane Tiani, derrubou o Presidente eleito Mohamed Bazoum.

Tiani justificou o golpe de Estado referindo-se à "deterioração da situação de segurança" num país assolado pela violência de grupos extremistas islâmicos.

 

RIPE // VM

Lusa/Fim

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