"Um golpe militar ocorreu no Níger, o que levou a protestos e distúrbios", referiu o Ministério britânico no seu portal sobre conselho aos viajantes, atualizado hoje.
"Devido à situação de segurança, a embaixada britânica em Niamey está temporariamente a reduzir o número de funcionários", acrescentou a mesma fonte, referindo-se a "protestos que se podem tornar violentos" e "uma situação que pode mudar rapidamente sem aviso prévio".
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, James Cleverly, afirmou na quarta-feira que um primeiro grupo de cidadãos britânicos "deixou com segurança" o Níger.
Para hoje estão previstas novas manifestações na capital do Níger, após o golpe militar contra o Presidente do Níger, Mohamed Bazoum, na semana passada.
Esta redução no pessoal da embaixada britânica ocorre depois de os Estados Unidos terem ordenado a retirada parcial dos funcionários da sua embaixada na quarta-feira e a França ter pedido hoje a Niamey garantias de segurança para a sua missão diplomática no país.
A 26 de julho, um golpe de Estado no Níger, liderado pelo general Abdourahamane Tchiani, derrubou o Presidente democraticamente eleito Mohamed Bazoum.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) deu aos golpistas um ultimato que exige o regresso à ordem constitucional até domingo e levantou a hipótese de uma intervenção militar.
O Níger é um dos países mais pobres do mundo, apesar dos seus recursos de urânio. Assolado por ataques de grupos ligados ao Estado Islâmico e à Al-Qaida, é o terceiro país da região a sofrer um golpe de Estado desde 2020, depois do Mali e do Burkina Faso.
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