As autoridades senegalesas libertaram o advogado de Sonko depois de este ter sido apresentado a um juiz, ao qual recusou responder, segundo o jornal Sud Quotidien.
Branco foi detido no sábado na fronteira com a Mauritânia, quando tentava sair do Senegal, onde entrou na semana passada de forma ilegal e apesar de um mandado de captura internacional solicitado pelas autoridades senegalesas.
O Senegal acusa Branco, que tem origem espanhola, de "ataques contra o Estado", na sequência de uma petição que apresentou perante o Tribunal Penal Internacional (TPI) para investigar a violência política desencadeada pelas autoridades senegalesas contra Sonko e os seus apoiantes nos últimos dois anos.
O advogado, que entrou no Senegal para participar num fórum em que insistiu nos seus ataques contra a Procuradoria do país e na sua submissão ao Governo do Presidente Macky Sall, foi detido de madrugada na cidade fronteiriça de Rosso, quando tentava atravessar para a Mauritânia disfarçado de pescador através do rio Senegal.
Sonko está de novo detido após uma altercação na semana passada com um grupo de agentes da polícia que, segundo o líder da oposição, o filmavam em sua casa, e por ter incitado à insurreição ao publicar uma mensagem nas redes sociais antes da sua detenção, na qual apelava à resistência popular.
O seu partido, Patriotas do Senegal (Pastef), e os seus apoiantes denunciam a detenção de Sonko como um novo episódio na longa perseguição política de que é alvo por parte das autoridades.
Uma anterior detenção do líder da oposição levou a protestos dos seus apoiantes em meados de maio, que resultaram em 15 mortos e danos materiais significativos.
Sonko pretende concorrer às eleições presidenciais de 2024, mas os problemas com a justiça do seu país podem inviabilizar a candidatura.
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