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EUA encerram até nova ordem embaixada no Haiti devido a tiroteio

A embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) no Haiti foi hoje encerrada até nova ordem devido a um conjunto de tiroteios ocorridos nas imediações do recinto, indicou, em comunicado, a missão diplomática norte-americana em Port-au-Prince.

EUA encerram até nova ordem embaixada no Haiti devido a tiroteio
Notícias ao Minuto

18:07 - 08/08/23 por Lusa

Mundo EUA

No comunicado, a representação norte-americana disse que todo o pessoal "está confinado ao perímetro do complexo diplomático" até novo aviso.

"As deslocações entre os [dois] complexos [diplomáticos] são proibidas", uma vez que "algumas rotas para a embaixada podem ser afetadas devido ao contínuo tiroteio", acrescentou a nota informativa, que não especificou a origem da troca de tiros.

A representação aconselhou a sua equipa diplomática e respetivos familiares a evitar eventuais protestos de rua e grandes ajuntamentos de pessoas, bem como a ter cuidado no trânsito.

Na segunda-feira, milhares de haitianos saíram às ruas de Port-au-Prince para se manifestarem contra a atual situação de insegurança vivida na capital do país, criada pela ação de gangues armados que tem forçado milhares de pessoas a viverem como refugiados internos.

Quase dez meses depois de o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, ter apelado à criação de uma força multinacional, o Quénia anunciou, a 29 de julho, ter disponibilidade para liderar essa missão e enviar mil polícias para o país das Caraíbas, numa tentativa de ajudar a pôr termo a uma crise multidimensional e a uma violência extrema que há muito atormenta a população.

A 31 de julho, os EUA prometeram apoio e recursos para uma potencial força multinacional liderada pelo Quénia, mas não especificaram se a ajuda será económica ou com operacionais.

"Estamos empenhados em encontrar os recursos para apoiar esta força multinacional, mas é demasiado cedo para entrar em pormenores sobre quais poderão ser esses recursos", disse o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, numa conferência de imprensa.

Miller recordou que o Conselho de Segurança das Nações Unidas ainda tem de aprovar uma resolução para o envio da força multinacional antes de o Quénia começar a trabalhar no terreno.

Seis anos após o fim do mandato da questionada Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), a possível chegada de tal força, embora esperada, está a causar preocupação no país mais empobrecido da região, onde este tipo de missão -- 10 nos últimos 30 anos -- sempre foi objeto de controvérsia.

A administração norte-americana liderada pelo Presidente Joe Biden recusou-se a liderar a força multinacional, mas tem estado a abordar outros países para assumirem esse papel.

A situação no Haiti, país mergulhado há anos numa crise sociopolítica e económica, agravou-se ainda mais com o assassínio do então Presidente Jovenel Moise, em julho de 2021.

O clima de crise piorou com a batalha travada, e já enraizada, entre gangues armados em Port-au-Prince e arredores, que já matou centenas de pessoas e levou milhares a fugir da capital haitiana.

Leia Também: Violência aumenta no Haiti com 83 raptos em julho

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