De acordo com a agência de notícias AFP, citando um comunicado do ministro da Comunicação do país, Rimtalba Jean Emmanuel Ouédraogo, o Governo de transição no Burkina Faso "assume total responsabilidade pela decisão de suspender a partir de quinta-feira, 10 de agosto e até nova ordem, a transmissão dos programas da Rádio Oméga em nome dos interesses da nação".
A Radio Oméga - filial do grupo Oméga Media, que também possui um canal de televisão e pertence ao jornalista e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do Burkina Faso Alpha Barry -, deixou de transmitir após a divulgação do comunicado de imprensa, segundo a AFP.
Esta decisão surge após a transmissão na Rádio Oméga de uma entrevista, durante o programa "L'invité de la drafting", ao porta-voz de um movimento recentemente criado no Níger que pretende restaurar o governo do Presidente Mohamed Bazoum, deposto por um golpe de Estado em 26 de julho.
Nesta entrevista, Ousmane Abdoul Moumouni teria feito "comentários insultuosos contra as novas autoridades nigerinas", segundo Ouédraogo, também porta-voz do Governo do Burkina Faso.
Segundo o Governo do Burkina Faso, a organização de Ousmane Abdoul Moumouni "milita claramente pela violência e pela guerra contra o povo soberano do Níger" e a vontade do seu movimento é levar o Presidente Bazoum de volta ao poder através de qualquer meio.
As autoridades de transição de Burkina Faso, que chegaram ao poder por meio de um golpe em setembro de 2022, rapidamente mostraram a sua solidariedade aos soldados que tomaram o poder no Níger.
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