RDCongo. Eleições com 23.653 candidaturas para 484 lugares na Assembleia
Um total de 23.653 candidaturas foram aceites para 484 lugares na Assembleia Nacional da República Democrática do Congo (RDCongo), anunciou hoje o presidente da comissão eleitoral, quatro meses antes do escrutínio, que decorrerá em simultâneo com as presidenciais.
© Reuters
Mundo RDCongo
As eleições legislativas estão previstas para 20 de dezembro e incluem também a eleição de deputados provinciais e conselheiros comunais.
Félix Tshisekedi, Presidente desde janeiro de 2019, é candidato a um segundo mandato de cinco anos.
De um total de 28.791 candidaturas recebidas para o parlamento nacional, 23.653 foram declaradas admissíveis, incluindo 3.955 mulheres (17%) e 19.698 homens (83%), declarou o presidente da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), Denis Kadima, numa cerimónia oficial.
Deste total, 155 candidatos são independentes. Os restantes pertencem a partidos e agrupamentos políticos, acrescentou.
País com uma história política turbulenta, a RDCongo tem 910 partidos políticos, de acordo com o Ministério do Interior.
Segundo a CENI, 66 estruturas políticas atingiram o "limiar de representatividade", enquanto 51 não o conseguiram.
O limiar de representatividade é fixado em 60% da Câmara Baixa do parlamento, o que significa que cada lista deve apresentar pelo menos 290 lugares para ser elegível, explicou Kadima.
A União para a Democracia e o Progresso Social (UDPS), o partido do Presidente Félix Tshisekedi, é um dos partidos que atingiram este limiar, juntamente com vários outros agrupamentos que fazem parte da Union Sacrée de la Nation, a coligação governamental.
Do lado da oposição, o partido Juntos pela República, de Moïse Katumbi, e o Ascensão da República, de Delly Sesanga, também estão na corrida. Ambos são candidatos declarados às eleições presidenciais de dezembro e há meses que denunciam um processo eleitoral "caótico".
O partido de Martin Fayulu, candidato preterido nas eleições presidenciais de 2018, que afirma ter vencido, não foi selecionado.
Candidato presidencial da coligação Lamuka ("Acorda" em suaíli), Martin Fayulu tinha ameaçado, em meados de julho, desistir se os cadernos eleitorais não fossem revistos.
Dos 500 lugares da câmara baixa, 16 foram "reservados" para os deputados dos territórios inseguros de Masisi, Rutshuru e Kwamouth, explicou Kadima.
As decisões da CENI podem ser contestadas junto do Tribunal Constitucional, que terá 10 dias para as examinar, segundo esta comissão.
O clima político é tenso no período que antecede as eleições.
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