"A decisão de cancelar a cooperação originalmente prevista com a Rússia e a Bielorrússia através dos programas inter-regionais é resultado da agressão brutal da Rússia contra a Ucrânia", sustentou a comissária para a Coesão e Reformas, a portuguesa Elisa Ferreira, citada em comunicado.
Elisa Ferreira acrescentou que a transferência de verbas para programas de cooperação com a Ucrânia e a Moldova "vai fortalecer a colaborações entre as regiões da União Europeia [UE] e parceiros locais com os parceiros ucranianos e moldavos".
Os 135 milhões têm como propósito o desenvolvimento de serviços de saúde, educação e projetos de investigação, assim como a criação de condições para que se concretizem, assim como reforçar as capacidades institucionais dos dois países e aproximá-los dos parâmetros para que um dia saibam como gerir fundos da UE, consequência de uma eventual adesão (os dois países são candidatos desde 2022).
Pouco depois do início da invasão da Ucrânia, a Comissão Europeia suspendeu a cooperação com Moscovo e com Minsk o que levou à restrição de 26 milhões de euros e sua redistribuição para Kiev e Chisinau.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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