"É óbvio que não seremos capazes de defender a Ucrânia neste outono e inverno com os caças F-16", disse o porta-voz da Força Aérea ucraniana, Yuri Ignat, em declarações à televisão do país.
Kyiv tem "grande esperança" que estes caças sirvam no futuro para proteger os ucranianos "contra o terror dos mísseis e 'drones' russos", de acordo com o porta-voz.
Yuri Ignat acredita, porém, que houve avanços em relação ao treino dos pilotos ucranianos, que poderá começar "num futuro próximo".
Holanda e Dinamarca lideram uma coligação de onze países que concordaram em treinar pilotos da Ucrânia, mas não foi detalhado como, quando e onde este treino será realizado.
Os Estados Unidos, que deram luz verde aos seus aliados para exportar caças para a Ucrânia, ofereceram-se para participar apenas na fase de treino.
A Alemanha mantém-se contra um apoio à aviação militar ucraniana, nomeadamente através do fornecimento de caças F-16.
Contudo, os alemães aumentaram significativamente o seu abastecimento de armamento a Kyiv nos últimos meses, fornecendo em particular, após muita hesitação, carros de combate Leopard.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Leia Também: AO MINUTO: Contraofensiva sem F-16 este ano; "Sucesso" em Donetsk