Pascale Ferrier, a mulher canadiana que enviou uma carta com ricina a Donald Trump, em 2020, foi condenada a 262 meses (praticamente 22 anos) de prisão efetiva.
O caso remonta a 2020, quando Trump ainda era presidente dos Estados Unidos. A carta acabaria, no entanto, intercetada antes de chegar à Casa Branca.
A mulher declarou-se culpada em janeiro deste ano, sendo agora lida a sentença, conforme conta a BBC.
"Quero encontrar meios pacíficos para atingir os meus objetivos", disse, lamentando "não ter conseguido parar Trump".
Na carta, em que a canadiana tentava dissuadir o então presidente dos EUA de se recandidatar ao lugar (algo que aconteceria, mesmo assim, tanto em 2020 como em 2024), dizia: "Encontrei um novo nome para si: 'O Palhaço Tirano e Feio'."
Ferrier será deportada dos EUA após cumprir a sentença, enfrentando supervisão vitalícia caso decida regressar. As suas ações, disse a juíza responsável pelo caso, foram "potencialmente mortais" e "nocivas" para a própria, bem como "prejudiciais para a sociedade e para as possíveis vítimas".
A mulher, que tem dupla nacionalidade francesa e canadiana, foi detida quando cruzava a fronteira do Canadá com os EUA, em Buffalo, em setembro de 2020. Na altura, tinha consigo uma arma de fogo, bem como munições e uma faca.
Acabou por confessar ter enviado a carta com veneno ao presidente norte-americano, bem como a outros 8 oficiais de justiça no estado de Texas, que culpou por um período de detenção de 10 semanas que cumpriu, em 2019, por porte ilegal de arma e condução sem carta de condução válida.
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