Volodymyr Zelensky aterrou cerca das 16h30 locais (15h30 em Lisboa) numa base da força aérea dinamarquesa, em Skrydstrup (leste), constataram dois jornalistas da agência France-Presse.
A Dinamarca e os Países Baixos prometeram entregar F-16 a Kiev assim que os pilotos ucranianos concluírem a sua formação.
O Presidente ucraniano foi recebido pela primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Lars Løkke Rasmussen, e pelo ministro da Defesa, Jakob Ellemann-Jensen.
Durante esta visita, deverão examinar os aviões de combate F-16 e fazer um balanço do início do treino dos pilotos, informou o gabinete da primeira-ministra.
"Estou orgulhosa da visita do Presidente Zelensky e da primeira-dama à Dinamarca", disse Mette Frederiksen, num comunicado emitido momentos antes da aterragem.
"A Dinamarca apoia totalmente a Ucrânia e disponibiliza-se a fazê-lo durante o tempo que for necessário", acrescentou.
Segundo o periódico Politiken, a governante especificou, numa conferência de imprensa, que o país entregará 19 caças às forças ucranianas: seis aviões próximo da passagem do ano, outros oito em 2024 e os restantes cinco em 2025.
Algumas horas antes, o líder ucraniano aterrou numa base da força aérea neerlandesa, em Eindhoven, para uma visita surpresa, durante a qual o primeiro-ministro, Mark Rute, formalizou o acordo para entrega de caças F-16 à Ucrânia.
Rutte disse que os Países Baixos têm atualmente 42 aeronaves desse tipo, mas teria de conversar com os seus parceiros internacionais antes de decidir sobre o número exato a disponibilizar a Kiev, pelo que não fez um anúncio específico como a Dinamarca.
"O primeiro-ministro Mark Rutte e eu chegámos a um acordo sobre o número de F-16 que serão transferidos para a Ucrânia assim que os nossos pilotos e engenheiros terminarem a sua formação: 42 jatos, e isto é apenas o começo", disse depois Zelensky numa mensagem na sua conta na rede social X (antigo Twitter).
O chefe de Estado ucraniano aterrou nos Países Baixos ao meio-dia, um dia depois do ataque mortal das forças de Moscovo no coração de Chernihiv, no norte da Ucrânia.
No dia anterior esteve na Suécia, onde as conversas com o primeiro-ministro, Ulf Kristersson, giraram em torno da preparação de um novo pacote de ajuda militar sueca.
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os dados das Nações Unidas, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão -- justificada pelo Presidente Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- tem sido condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
[Notícia atualizada às 21h00]
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