A Rússia condenou, esta segunda-feira, o fornecimento de caças F-16 à Ucrânia por parte da Dinamarca e dos Países Baixos, considerando que a decisão contribuirá para a escalada do conflito.
"O facto de a Dinamarca ter decidido agora doar 19 aeronaves F-16 para a Ucrânia leva a uma escalada do conflito", disse o embaixador russo Vladimir Barbin, citado pela agência Reuters.
E atirou: "Ao refugiar-se na premissa de que a própria Ucrânia deve determinar as condições para a paz, a Dinamarca procura, com as suas ações e palavras, deixar a Ucrânia sem outra escolha a não ser continuar o confronto militar com a Rússia."
Ainda assim, o ministro da Defesa dinamarquês, Jakob Ellemann-Jensen, ressalvou que a Ucrânia só poderá usar as aeronaves no seu território.
"Doamos armas com a condição de que sejam usadas para expulsar o inimigo do território da Ucrânia. E não mais do que isso. Essas são as condições, sejam tanques, aviões de combate ou qualquer outra coisa", disse, esta segunda-feira.
De notar que a Dinamarca doará 19 caças F-16 à Ucrânia, enquanto os Países Baixos fornecerão 42 aeronaves, naquilo que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou ser uma decisão “histórica”.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.444 civis desde o início da guerra e 26.384 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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