"A aplicação da lei descobriu esquemas de corrupção em grande escala em quase todas as regiões do país (...) Atualmente, estão a ser realizadas mais de 200 buscas simultâneas", afirmou a o Ministério Público no Telegram.
Os investigadores suspeitam "do envolvimento de funcionários dos gabinetes de recrutamento militar, encarregados dos exames médicos e sociais", indicou.
Segundo a investigação, em troca de subornos, "os funcionários ajudaram os cidadãos a obter certificados de invalidez ou a serem reconhecidos como temporariamente inaptos para o serviço. Isto permitiu-lhes adiar ou evitar o serviço militar", acrescentou.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já tinha demitido todos os funcionários regionais responsáveis pelo recrutamento militar no início de agosto, apontando um sistema que permitia o contrabando de recrutas "através da fronteira".
Zelensky pediu a colocação à frente do recrutamento militar de soldados que lutaram na frente.
No final de julho, as autoridades ucranianas anunciaram também a detenção de um antigo membro do Exército, responsável pela mobilização e acusado de corrupção.
No 18.º mês da invasão russa do país, o Exército ucraniano, que também está empenhado desde o início de junho numa difícil contraofensiva no sul e leste do país, mantém em segredo as suas perdas.
A luta contra a corrupção, um mal endémico na Ucrânia, que já era um dos países mais pobres da Europa antes da invasão russa, é uma das condições impostas pela União Europeia para a manutenção do estatuto de candidato de Kyiv.
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