"Ele está atualmente no meio de umas férias curtas", disse uma fonte ao diário russo, enquanto uma segunda fonte afirmou que Surovikin foi demitido pelo Ministério da Defesa russo, decisão que não é conhecida oficialmente.
Surovikin, de 56 anos, conhecido como "General Armagedão" pelas campanhas de bombardeamentos que empreendeu na Síria, também terá deixou automaticamente de ser vice-comandante das forças russas que operam na Ucrânia como parte da invasão iniciada em fevereiro de 2022.
O general assumiu o comando daquelas tropas em outubro do ano passado, mas depois de ordenar a retirada de parte da região ucraniana de Kherson, foi substituído em janeiro de 2023 pelo chefe do Estado-Maior, Valeri Gerasimov.
Nos primeiros meses da guerra, participou na captura de várias cidades na região oriental de Lugansk.
Surovikin caiu em desgraça após a fracassada rebelião armada liderada por Prigozhin, que na altura reconheceu ter planeado pessoalmente com o referido general a operação para tomar a cidade de Bakhmut, algo que os mercenários conseguiram em maio passado.
Criticando Gerasimov e o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, Prigozhin garantiu que, com Surovikin no comando, os seus homens nunca teriam tido problemas com o fornecimento de equipamento e munições, pelos quais culpou os dois primeiros em diversas ocasiões.
Desde a revolta do Grupo Wagner, em 23 e 24 de junho, Surovikin desapareceu dos olhos do público, embora em meados de julho um deputado, Andrei Kartapolov, tenha garantido: "Ele está a descansar".
O Kremlin nunca confirmou a prisão do general por apoiar o motim, o que também foi refutado pela sua própria filha.
Posteriormente, os mercenários Wagner foram enviados para a sua nova base, a Bielorrússia, de onde retomaram as suas operações em África, confirmou Prigozhin.
Surovikin liderou, com exceção de alguns meses, o contingente militar russo na Síria entre 2017 e 2019, pelo que foi distinguido pelo Presidente russo, Vladimir Putin, como Herói da Rússia.
Ficou conhecido como "General Armagedão" pela brutalidade das suas operações contra cidades como Aleppo, controladas pela oposição ao líder sírio Bashar al-Assad.
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