Lucy Letby, a enfermeira britânica condenada na segunda-feira a 14 penas de prisão perpétua, por ter assassinado sete bebés e ter tentado matar outros seis, é a mais recente criminosa a quem foi aplicada esta sentença no Reino Unido. 

Com a prisão da enfermeira, que foi considerada a assassina mais perigosa dos tempos modernos do Reino Unido, são 71 os reclusos que vão passar o resto dos seus dias encarcerados.

De acordo com a Sky News, que cita fonte do ministério da Justiça inglês, 67 foram colocados em estabelecimentos prisionais de alta segurança, enquanto quatro estão detidos em hospitais "seguros".

Entre os criminosos está, por exemplo, Rose West, condenada a prisão perpétua em 1995 por 10 homicídios que cometeu com o marido, Fred, em Gloucester, entre 1973 e 1987.

Recorda a Sky News que o casal sequestrou, torturou e assassinou 10 jovens do sexo feminino, incluindo a enteada de Rose, Charmaine, de 8 anos.

Fred, que também arriscava prisão perpétua, tirou a própria vida enquanto decorria o julgamento, antes de ouvir a sentença.

Rose é reclusa do HMP New Hall, em West Yorkshire.

Robert, o 'Hannibal Lecter' da vida real

Outro recluso condenado a esta pena vitalícia é Robert Maudsley, que matou John Farrel, depois deste lhe ter dado dinheiro para ter relações sexuais e ter mostrado fotos de crianças de quem tinha abusado sexualmente.

Na altura, Robert foi considerado inapto para ser julgado e foi enviado para o Hospital Broadmoor, um hospital psiquiátrico. Aí, em coautoria com outro paciente, matou David Francis, um violador de crianças também condenado.

Esse homicídio fez com que fosse novamente julgado e enviado para a prisão de Wakefield. Já neste local matou outros dois reclusos, pelo que, em 1979, foi informado que nunca mais seria libertado.

A maior parte da pena, Robert passou em solitária, uma vez que representa um perigo para os restantes reclusos. De acordo com fontes não oficiais, o britânico terá comido o cérebro de uma das suas vítimas, pelo que o chamam de 'Hannibal [Lecter]'.

Pai de 11 filhos matou (pelo menos) três jovens

Levi Belfield é um dos reclusos mais recentes condenados a pena de prisão perpétua. O britânico, que tem 11 filhos de três mulheres diferentes, sequestrou e matou três jovens, de 13, 19 e 22 anos e ainda tentou matar uma de 18.

Em 2008, foi condenado a prisão perpétua e, já na prisão, em Wakefield, acabou por confessar mais "homicídios e violações", apesar de estes crimes nunca terem sido provados.

Duas polícias mortas a tiro e com granada por 'um olho'

Dale Cregan, conhecido por 'um olho', por só ter mesmo um, recebeu a sua 'pena vitalícia' em junho de 2013, depois de ter matado, em setembro do ano antes, as polícias de Manchester Fiona Bone, de 32 anos e Nicola Hughes, de 23.

Lembra a Sky News que Dale disparou 32 tiros contra as agentes e ainda ativou uma granada.

Posteriormente, durante as investigações, Dale confessou as mortes de Mark Short, de 23 anos, e do pai deste, David, de 46, numa rixa de gangues.

Joanna Dennehy, "das mulheres mais perigosas alguma vez detidas"

Em 2013, uma onda de assassinatos atingiu a cidade Peterborough. Em apenas 10 dias, três homens foram mortos e mais dois foram gravemente feridos.

Sabe-se agora que a responsável foi Joanna Dennehy, descrita pelos meios de comunicação social britânicos como uma "das mulheres mais perigosas alguma vez detidas".

A sua primeira vítima foi o colega de casa, Lukasz Slaboszewski, de 31 anos. Na semana seguinte, Joanna matou Johh Chapman, de 56 anos, e Kevin Lee, de 48, com quem teria uma 'espécie de relação'.

Antes de ser apanhada, ainda esfaqueou outros dois homens, aleatoriamente. Mais tarde, descreveu os assassinatos como "engraçados e divertidos".

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