A ação aumenta para 6.227 o número de migrantes impedidos de atravessar a fronteira em 2023 e estabelece um novo recorde de impedimentos em quase mais um milhar do que em todo o ano anterior.
De acordo com o portal noticioso Delfi, só esta semana já foram impedidas de atravessar a fronteira quase 350 pessoas.
As autoridades letãs salientaram que este aumento diário do número de tentativas de atravessar a fronteira de forma irregular é um sinal da pressão cada vez maior que a Bielorrússia exerce no outro lado da linha.
Letónia, Lituânia e Polónia têm vindo a denunciar, há vários anos, que a Bielorrússia está a aproveitar a crise migratória como arma de arremesso em retaliação às sanções impostas pela União Europeia contra o Governo de Minsk, devido à repressão pós-eleitoral de 2020, após novo e controverso triunfo do Presidente, Alexander Lukashenko, reeleito pela sexta vez.
Como consequência, estes três países militarizaram as suas fronteiras, especialmente a Polónia, que alertou para ameaças acrescidas à segurança após a chegada dos mercenários do grupo Wagner à Bielorrússia, além de construírem novas valas, cercas e de encerrarem passagens fronteiriças, no caso da Lituânia.
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