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Biden sem estar "surpreendido" com possível morte de Prigozhin na Rússia

O presidente dos Estados Unidos Joe Biden referiu hoje que não ficou surpreendido com a possível morte do chefe do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, num acidente de avião na Rússia.

Biden sem estar "surpreendido" com possível morte de Prigozhin na Rússia
Notícias ao Minuto

21:20 - 23/08/23 por Lusa

Mundo EUA

"Ainda não sei bem o que aconteceu, mas não estou surpreendido. Poucas coisas acontecem na Rússia sem que Putin tenha algo a ver com isso", frisou o chefe de Estado norte-americano, em declarações durante as suas férias que decorrem em Lake Tahoe, localizado entre Nevada e Califórnia.

A Casa Branca tinha divulgado que Biden foi informado sobre a queda de um jato executivo no norte de Moscovo, que matou 10 pessoas, sendo que o líder do grupo mercenário Wagner consta na lista de passageiros, de acordo com informações das autoridades russas.

Até agora, o Departamento de Estado e o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, responsável pela política externa, evitaram tomar posição sobre as implicações do incidente.

No entanto, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, frisou, através da rede social X (antigo Twitter), que a equipa de Biden tinha visto as publicações nos 'media' sobre o sucedido.

"Se for confirmado, ninguém deve ficar surpreendido", sublinhou Watson.

"A guerra desastrosa na Ucrânia levou um exército privado a marchar sobre Moscovo e agora - ao que parece - a isto", acrescentou.

Os serviços de emergência russos já resgataram oito corpos no local do incidente, mas por enquanto a identidade das vítimas não foi confirmada, segundo a agência oficial RIA Nóvosti.

O avião terá caído na região de Tver, mais de 100 quilómetros ao norte da capital russa, onde não há aeródromos próximos.

O líder dos mercenários Wagner, de 62 anos, lutou ao lado do exército regular russo na Ucrânia e protagonizou há dois meses uma rebelião militar fracassada contra as chefias militares russas, na qual chegou a tomar uma das cidades mais importantes do sul da Rússia, Rostov-no-Don.

Após a mediação do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, Prigozhin concordou em retirar os seus mercenários e transferir a sua base para o território daquela antiga república soviética.

Depois de acusá-lo de traição, o Presidente russo, Vladimir Putin, recebeu-o no Kremlin, após o que Prigozhin anunciou o reinício das operações do Grupo Wagner em África.

Prigozhin apareceu na segunda-feira pela primeira vez desde o motim num vídeo, no qual sugeria que tinha regressado a África para tornar a Rússia "ainda maior em todos os continentes".

Leia Também: Resgatados oito corpos de avião despenhado em Moscovo mas sem identidades

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