O opositor russo Alexei Navalny abordou, esta quinta-feira, sobre a morte do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin e de um dos fundadores do grupo Wagner e ex-oficial das forças especiais russas, Dmitry Utkin.
Num texto na rede social Facebook, Navalny começa por falar sobre a relação do presidente russo, Vladimir Putin, com o líder do Grupo Wagner. "Prigozhin prometeu a Putin que lutaria por ele e pela sua guerra até ao fim", referiu.
"Que ingenuidade supor que Putin pode ser caracterizado por qualquer tipo de decência. Não há nada além de mentir constantemente por qualquer motivo. Mentir, roubar, matar, fugir", apontou.
Referindo-se à queda do avião em que todos os passageiros morreram - e onde Prigozhin alegadamente seguia -, Navalny diz ter-se tratado de "um trabalho brilhante dos assassinos de Putin". "Abater um avião de passageiros na Rússia, ou seja, organizar um verdadeiro ataque terrorista, matando o piloto, a hospedeira de bordo e outras pessoas que não tinham absolutamente nada a ver com o assunto", elaborou.
Recordando as garantias de segurança dadas ao Grupo Wagner pelos presidentes da Rússia e da Bielorrússia após a rebelião, Navalny atirou: "O traidor e cobarde é Putin no seu Kremlin, que inveja a popularidade destes heróis russos [Prigozhin e Utkin] aos olhos do povo e do exército e os odeia por isso. Por isso, ele deu a cruel ordem para matá-los".
"Prigozhin e Utkin transformaram-se em mártires aos olhos de muitos daqueles tipos que gostam de se vestir com um fato de camuflagem, mesmo que esteja fora do sítio", frisou, chamando-os de "lendas".
A história da guerra com a Ucrânia, considera Navalny, também será sobre como Putin "traiu e matou os seus oficiais leais" e quais "os ingredientes usados para criar o prato chamado ‘guerra civil'".
Recorde-se que, ontem, a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) indicou que Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário russo Wagner, era um dos passageiros do jato privado que se despenhou a norte de Moscovo, matando todos os ocupantes.
Segundo a mesma fonte, estava também entre os passageiros Dmitry Utkin, um dos fundadores do grupo Wagner e ex-oficial das forças especiais russas.
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