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"O povo ucraniano não se ajoelhará". Kyiv deixa 'recado' a parceiros

Ucrânia promete lutar pela "democracia e pelo direito internacional, mesmo que estes princípios sejam traídos por outros".

"O povo ucraniano não se ajoelhará". Kyiv deixa 'recado' a parceiros
Notícias ao Minuto

18:49 - 29/08/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Mykhailo Podolyak, conselheiro presidencial ucraniano, afirmou, esta terça-feira, que a Ucrânia "não se ajoelhará diante dos russos em nenhum dos cenários discutidos", mesmo que "fique sozinha com Moscovo", naquilo que parece um claro 'recado' para os países que têm apoiado Kyiv. 

Numa publicação divulgada na rede social X (antigo Twitter), o conselheiro do presidente Zelensky reforçou que Kyiv não irá negociar com a Rússia, reiterando que é um "grande erro" acreditar que um acordo irá acabar com o conflito.

"Não é que os ucranianos gostem de discutir sobre quando certos líderes irão abandoná-los: dentro de 24 horas ou antes? No entanto, podemos dizer com certeza que é um grande erro acreditar que a 'retirada' ou um 'acordo com o Diabo' acabará com a guerra", começou por escrever.

"O povo ucraniano não se ajoelhará diante dos russos em nenhum dos cenários discutidos. A Ucrânia continuará a defender o seu direito à vida e à independência, mesmo que fique sozinha com Moscovo. Os ucranianos lutarão pela democracia e pelo direito internacional, mesmo que estes princípios sejam traídos por outros. Dignidade não é uma palavra vazia", rematou.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez em 18 meses um elevado número de vítimas não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.

A invasão - justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Kuleba rejeita negociar com Putin e acusa-o de matar Prigozhin

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