"O povo ucraniano não se ajoelhará". Kyiv deixa 'recado' a parceiros
Ucrânia promete lutar pela "democracia e pelo direito internacional, mesmo que estes princípios sejam traídos por outros".
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Mundo Guerra na Ucrânia
Mykhailo Podolyak, conselheiro presidencial ucraniano, afirmou, esta terça-feira, que a Ucrânia "não se ajoelhará diante dos russos em nenhum dos cenários discutidos", mesmo que "fique sozinha com Moscovo", naquilo que parece um claro 'recado' para os países que têm apoiado Kyiv.
Numa publicação divulgada na rede social X (antigo Twitter), o conselheiro do presidente Zelensky reforçou que Kyiv não irá negociar com a Rússia, reiterando que é um "grande erro" acreditar que um acordo irá acabar com o conflito.
"Não é que os ucranianos gostem de discutir sobre quando certos líderes irão abandoná-los: dentro de 24 horas ou antes? No entanto, podemos dizer com certeza que é um grande erro acreditar que a 'retirada' ou um 'acordo com o Diabo' acabará com a guerra", começou por escrever.
"O povo ucraniano não se ajoelhará diante dos russos em nenhum dos cenários discutidos. A Ucrânia continuará a defender o seu direito à vida e à independência, mesmo que fique sozinha com Moscovo. Os ucranianos lutarão pela democracia e pelo direito internacional, mesmo que estes princípios sejam traídos por outros. Dignidade não é uma palavra vazia", rematou.
It is not that Ukrainians enjoy discussions about how soon certain leaders are going to abandon them: within 24 hours or sooner? However, we can say for sure that it is a big mistake to believe that "self-removal" or a "deal with the Devil" will end the war. The Ukrainian people…
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) August 29, 2023
A Rússia lançou a 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez em 18 meses um elevado número de vítimas não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.
A invasão - justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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