Numa tentativa de pôr fim aos combates entre o exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), o Egito propôs um calendário para o desanuviamento, a unificação das instituições sudanesas e a formação de um governo nacional, noticiou o jornal Sudan Ajbar.
Al-Sisi manifestou o seu apoio "firme" a Al-Burhan durante o encontro, tendo em conta as "circunstâncias delicadas" que o Sudão atravessa e destacou os laços históricos que ligam os dois povos, segundo um comunicado da Presidência egípcia.
O Presidente egípcio defendeu também a "estabilidade, unidade e integridade territorial" do Sudão perante o chefe do exército sudanês, ao mesmo tempo que manifestou o seu empenhamento no país vizinho devido às "relações profundas" entre os dois países.
Por sua vez, Al-Burhan agradeceu a Al-Sisi por "acolher os sudaneses no Egito" e elogiou o Cairo "pelo seu papel ativo" na região e no continente africano, segundo a nota.
O líder dos paramilitares das RSF, Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como "Hemedti", apresentou na segunda-feira um plano de 10 pontos, sob o título "Sudão Renascido", com medidas para pôr fim ao conflito, incluindo "governação democrática e civil, eleições livres" e "uma instituição militar nacional única, profissional e apolítica".
As atuais hostilidades entre o exército e as RSF eclodiram após o aumento das tensões sobre a integração do grupo paramilitar nas forças armadas.
A medida era uma parte fundamental de um acordo assinado em dezembro de 2022 para formar um novo governo civil e reavivar a transição após a destituição do então Presidente Omar al-Bashir em 2019, prejudicada pelo golpe de outubro de 2021 que depôs o primeiro-ministro do governo de unidade, Abdullah Hamdok.
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