Apesar das várias garantias das autoridades de saúde e ambientais japonesas, que afirmaram que as descargas de águas radioativas tratadas da central de Fukushima não afetaram o mar, mantém-se muito ceticismo no Japão e em outros países da região relativamente aos alimentados que dali veem. Mas esta quarta-feira, o primeiro-ministro procurou tranquilizar toda a gente, numa demonstração de grande confiança nas autoridades.
Após uma reunião do executivo japonês, o ministro da Economia e da Indústria, Yasutoshi Nishimura, responsável pela política nuclear, anunciou que Fumio Kishida almoçou uma refeição que continha peixe e polvo apanhados junto à costa de Fukushima, assim como arroz cultivado na região.
O objetivo foi, precisamente, promover os produtos e demonstrar que a descarga não teve impacto na biodiversidade local, nos produtos e na saúde humana. O almoço não foi aberto ao público, mas as imagens foram divulgadas pelo governo.
Primeiro-ministro tentou demonstrar que os alimentos são próprios para consumo© Kyodo/via REUTERS
Yasutoshi Nishimura afirmou que o executivo "precisa de informar as pessoas, tanto em casa como no estrangeiro", que o tratamento das águas nucleares permitiu que fosse anulado o risco de contaminação.
O Japão iniciou na quinta-feira a descarga no Oceano Pacífico de água radioativa da central, depois de a ter tratado para retirar a maior parte dos resíduos radioativos e de ter recebido a aprovação da Agência Internacional de Energia Atómica, cujos especialistas estão a supervisionar o processo.
A primeira descarga ocorre 12 anos após o grave acidente que atingiu a central nuclear japonesa, na sequência de um terramoto e de um tsunami, na zona de Fukushima.
Tanto a Organização Mundial de Saúde como a Agência Internacional de Energia Atómica garantiram que os níveis de radiatividade estavam dentro do normal e não há riscos para a população ou para o ambiente.
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