"Pedimos que os direitos humanos e o Estado de direito sejam totalmente protegidos e respeitados, em linha com as obrigações internacionais do Gabão, e que todos os atores exerçam contenção e rejeitem a violência em todas as suas formas", disse a porta-voz do gabinete, Ravina Shamdasani, num breve comunicado.
Esta quarta-feira, um grupo de soldados anunciou ter tomado o poder no Gabão, pouco depois de a comissão eleitoral ter declarado o triunfo do Presidente Ali Bongo nas polémicas eleições do passado dia 26, que a oposição considerou fraudulentas.
Este não é o primeiro golpe de Estado enfrentado por Ali Bongo, cuja família detém o poder desde 1967 e que já sofreu, em janeiro de 2019, uma tentativa de golpe quando estava em Marrocos a recuperar de uma doença, embora nessa ocasião a revolta tenha sido reprimida.
O golpe foi condenado por vários países e organizações e lideres internacionais, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, e o alto-representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.
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