"Eliminámos mais de 30 militantes do Al Shabab numa operação no distrito de Qoryoley, depois de o grupo ter tentado lançar um ataque na zona", disse no sábado o Ministério da Informação, em comunicado, numa contraofensiva que envolveu também "parceiros internacionais" do exército somali, mas não indicou a sua nacionalidade.
O ministério somali congratulou-se com o facto de os combates, que duraram mais de uma hora, terem conseguido expulsar os jihadistas da zona, permitindo que os civis continuassem as suas atividades, embora fontes médicas, que pediram o anonimato, terem lamentado nos meios de comunicação locais a morte de vários civis.
A contraofensiva militar da Somália surge no contexto de um novo impulso nas suas operações contra o Al Shabab, depois de o grupo terrorista ter alegadamente matado pelo menos dezenas de soldados na região de Galgadud, a 26 de agosto, obrigando o exército a retirar de várias zonas estratégicas.
O Al Shabab afirmou então ter matado 178 soldados, o que foi desmentido pelo Presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud.
Mohamud anunciou em agosto de 2022 uma "guerra total" contra o Al Shabab e, desde então, o exército somali tem levado a cabo ofensivas pesadas contra os terroristas, por vezes com a colaboração de militares norte-americanos.
Mesmo assim, continuam a ser frequentes os atentados na Somália perpetrados pelo grupo jihadista, afiliado desde 2012 à Al Qaeda, que pretende derrubar o governo central e instaurar um Estado islâmico (ultraconservador) de tipo ´wahhabi´.
Embora as autoridades tenham retomado o controlo de muitas áreas no último ano, o Al Shabab continua a controlar as regiões rurais do centro e do sul da Somália, atacando também países vizinhos como o Quénia e a Etiópia.
A Somália vive num estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias islamitas e senhores da guerra.
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