Um jovem de 20 anos foi condenado esta segunda-feira, a prisão perpétua, no Reino Unido, por abusar sexualmente e matar a irmã de 16 anos, num parque de Hamilton.
De acordo com a BBC, ficou provado em tribunal que Connor Gibson estrangulou Amber até à morte, em novembro de 2021, e escondeu o corpo nu, coberto de lama, entre arbustos.
O cadáver foi encontrado dias mais tarde por Stephen Corrigan, que era desconhecido de Amber e Connor, mas que, em vez de alertar a polícia, tocou "de forma inadequada" nos restos mortais e voltou a escondê-los. O britânico acabou condenado também no caso a nove anos de prisão efetiva.
Durante o julgamento, descobriu-se ainda que Amber tinha sido violada vários meses antes do seu homicídio, por Jamie Starrs. Também este homem acabou condenado a 10 anos e meio de prisão.
Já Connor, que foi condenado a prisão perpétua, terá de cumprir pelo menos 22 anos de prisão efetiva antes de poder solicitar liberdade condicional.
Na altura em que foi morta, Amber morava num orfanato. Depois de a matar, o irmão, que estava hospedado num albergue para pessoas em situação de sem-abrigo, homenageou-a no Facebook. Dois dias depois, foi detido.
A família de Amber e Connor era completamente disfuncional. O pai biológico está preso pelos crimes de abuso de crianças e ainda agressão e violação de uma mulher.
Os irmãos chegaram a viver vários anos com uma família de acolhimento, mas segundo esta foram "abandonados pelo sistema durante toda a vida".
Apesar de os irmãos "não serem uma boa mistura" juntos, Amber foi descrita pelo pai adotivo, Craig Niven, como "a pessoa mais generosa, atenciosa, amorosa, solidária e admirável" do mundo, com "uma visão incrível da vida, apesar do sofrimento que teve toda a vida".
"Agora temos uma filha no cemitério e outro filho na prisão. A vida nunca mais será a mesma", disse o britânico à imprensa britânica à saída do tribunal.
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