Peskov recusa confirmar encontro entre líderes russo e norte-coreano

A Rússia recusou-se hoje a confirmar informações com origem nos Estados Unidos sobre uma reunião entre os líderes russo e norte-coreano, mas admitiu a possibilidade de exercícios militares conjuntos.

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Lusa
05/09/2023 13:19 ‧ 05/09/2023 por Lusa

Mundo

Rússia

"Não, não podemos [confirmar], não temos nada a dizer sobre este assunto", disse aos jornalistas o porta-voz do Kremlin (Presidência), Dmitri Peskov, em resposta às afirmações de Washington, citado pela agência francesa AFP.

O jornal norte-americano New York Times, citando fontes oficiais em Washington, noticiou na segunda-feira que Vladimir Putin e Kim Jong-un poderão encontrar-se em breve em Vladivostoque.

As fontes disseram ao jornal que Kim deverá viajar em comboio blindado no final do mês para a cidade na costa russa do Pacífico, não muito longe da Coreia do Norte.

Segundo as fontes do diário, a Rússia e a Coreia do Norte estavam em negociações sobre a entrega de armas por Pyongyang para o esforço de guerra de Moscovo.

A Rússia pretende obter de Pyongyang projéteis de artilharia e mísseis antitanque, enquanto a Coreia do Norte espera receber tecnologia de ponta para satélites e submarinos nucleares, bem como ajuda alimentar.

Na opinião de Washington, segundo as fontes citadas pelo jornal, estes negócios de armas "violariam as resoluções do Conselho de Segurança" da ONU que sancionam a Coreia do Norte devido ao programa nuclear.

O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, visitou a Coreia do Norte entre 25 e 27 de julho para assistir às cerimónias do 70.º aniversário do armistício da Guerra da Coreia (1950-1953).

Shoigu reuniu-se em privado por duas ocasiões com Kim Jong-un, com quem visitou uma exposição de armamento em Pyongyang e assistiu a um desfile militar na capital norte-coreana.

Shoigu anunciou na segunda-feira que os dois países estão a discutir a possibilidade de organizar exercícios militares conjuntos.

"Estamos a discutir isto com toda a gente, incluindo a Coreia do Norte. Porque não? São nossos vizinhos", disse o ministro aos jornalistas, citado pela agência russa TASS.

Desde que invadiu a Ucrânia, em 24 em fevereiro de 2022, a Rússia é alvo de sanções ocidentais que tem tentado contornar através de países seus aliados.

Leia Também: Kremlin diz que Rússia "apenas" quer regiões já anexadas na Ucrânia

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