"Herói". Ministro húngaro criticado após enaltecer líder aliado de Hitler

O ministro Janos Lazar esteve presente nas cerimónias do 30.º aniversário do enterro de Miklos Horthy, um aliado de Adolf Hitler, que foi responsável por implementar as primeiras leis antijudaicas da Europa no século XX,

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© Hungary Prime Ministry Press Office/Anadolu Agency/Getty Images

Notícias ao Minuto
06/09/2023 21:56 ‧ 06/09/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Hungria

O ministro da Construção e dos Transportes da Hungria, Janos Lazar, está a ser alvo de críticas por ter elogiado Miklos Horthy, regente do país entre 1918 e 1944 e aliado da Alemanha nazi durante a Segunda Guerra Mundial.

No 30.º aniversário do enterro de Horthy, numa cerimónia que ocorreu em Kenderes, o ministro húngaro descreveu-o como um "estadista excecional" e um "herói".

"É minha convicção que Miklos Horthy deve ser recordado e homenageado", disse Lazar, num vídeo publicado na terça-feira, na rede social Facebook. "Em Miklos Horthy podemos honrar um estadista excecional que foi um verdadeiro soldado heroico e um verdadeiro patriota húngaro", acrescentou.

Horthy aliou-se a Adolf Hitler e foi responsável por implementar as primeiras leis antijudaicas da Europa no século XX, que resultaram na deportação e morte de milhares de judeus húngaros, recorda a agência de notícias The Associated Press (AP).

A Embaixada de Israel em Budapeste respondeu às declarações do ministro, afirmando, esta quarta-feira, na rede social X (antigo Twitter), que "glorificar uma pessoa cujos atos provocaram uma catástrofe no povo húngaro e, em especial, nos compatriotas judeus, que assassinaram cerca de 600.000 homens, mulheres e crianças inocentes, não tem lugar numa Hungria moderna".

Também o embaixador dos Estados Unidos na Hungria, David Pressman, escreveu na mesma rede social que a participação de Lazar no evento "preocupa" Washington.

"Miklos Horthy foi cúmplice do massacre da população judaica da Hungria durante o Holocausto. Os Estados Unidos estão preocupados com a participação de um alto funcionário do governo de Orbán nos esforços para reabilitar e promover o seu legado brutal", lê-se na publicação.

Miklos Horthy estabeleceu-se no Estoril, em Cascais, em 1948, onde viveu até morrer em 1957. Foi enterrado no Cemitério dos Ingleses, em Lisboa, e o seu corpo foi trasladado em 1993 para Kenderes, a sua cidade natal.

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