"Estes indivíduos estavam a contactar mulheres e a planear motins, oferecendo formação a elementos dentro e fora do país, com cursos gratuitos de ligação em rede para mulheres ativistas", afirmaram os serviços secretos iranianos num comunicado, citado pelas agências noticiosas IRNA e Mehr.
A rede era dirigida por "elementos políticos sediados no estrangeiro", segundo o ministério, que explicou que foram efetuadas detenções, embora não tenha precisado o número de detidos nem as identidades.
"Os membros do grupo operavam com o apoio financeiro do Departamento de Estado norte-americano e sob a direção das ONG [organizações não governamentais] norte-americanas Freedom House e The Nonviolent Initiative for Democracy", acrescentou o Ministério da Segurança.
A rede planeou "uma reunião confidencial 'online'" hoje e a 14 de setembro, dois dias antes do aniversário da morte de Mahsa Amini, que foi detida por não usar corretamente o véu e acabou por morrer às mãos das autoridades.
A morte de Amini desencadeou fortes protestos durante meses, que se extinguiram após uma forte repressão que resultou em 500 mortos, milhares de detenções e a execução de sete manifestantes, um deles em público.
Nas últimas semanas, a repressão tem voltado a aumentar, à medida que se aproxima o aniversário dos protestos, com a detenção de mulheres ativistas e familiares dos que morreram nas manifestações, segundo relatórios de organizações como a Amnistia Internacional e Human Rights Watch.
O cantor Mehdi Yarrahi também foi detido por causa de uma canção em que pedia que o uso do véu deixasse de ser obrigatório e duas jornalistas foram condenadas a penas de prisão por terem feito a cobertura dos protestos do ano passado.
Leia Também: Emirados Árabes Unidos investirão milhões em energias limpas em África