Rússia diz que vai manter compromisso com tratado sobre testes nucleares
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia disse hoje que Moscovo mantém o seu compromisso com o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e com o fortalecimento do regime de não-proliferação nuclear.
© Lusa
Mundo Rússia
Segundo um comunicado da diplomacia de Moscovo citado pela agência russa TASS, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Ryabkov, encontrou-se hoje com Robert Floyd, secretário executivo da Comissão Preparatória para a Organização do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares, tendo manifestado "o compromisso da Rússia com o tratado e com o fortalecimento do regime de não-proliferação nuclear".
O ministério russo destacou que as partes discutiram a interação de Moscovo com a Comissão Preparatória do tratado, inclusive no que diz respeito à criação na Rússia de um segmento do Sistema de Monitorização Internacional, que é "um componente-chave do mecanismo de verificação" do tratado.
A Comissão Preparatória do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares foi criada em Nova Iorque em 1996 com a principal tarefa de facilitar a entrada em vigor do Tratado que vincula 44 Estados, incluindo a Rússia, e o estabelecimento de um mecanismo de verificação, com vista a banir explosões nucleares em todos os lugares acima ou abaixo do solo e na água, sendo uma componente essencial do quadro internacional de controlo de armas nucleares e de desarmamento.
A Rússia possui o maior arsenal nuclear do mundo e está em guerra com a Ucrânia desde a invasão do país vizinho, em 24 de fevereiro de 2022, que foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
Ao longo do último ano, Moscovo não usou este tipo de armamento no conflito, mas Moscovo deslocou parte do seu arsenal para a Bielorrússia, país aliado de Moscovo e vizinho da Ucrânia e de países da NATO como a Polónia, Lituânia e Letónia.
A possibilidade de recurso a armas nucleares é frequentemente levantada por Dmitri Medvedev, ex-Presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, como ameaça aos países ocidentais que prestam apoio militar a Kiev.
A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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