Igreja Católica suíça abre inquérito a encobrimento de agressões sexuais

A mais alta autoridade da Igreja Católica Romana na Suíça anunciou hoje que foi aberta uma investigação preliminar sobre acusações de encobrimento de agressões sexuais dentro da Igreja.

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Lusa
10/09/2023 16:10 ‧ 10/09/2023 por Lusa

Mundo

Abusos na Igreja

A Conferência Episcopal Suíça disse, num comunicado, que a investigação foi aberta na sequência de "alegações feitas contra vários membros séniores e em exercício da Conferência Episcopal Suíça, assim como contra outros membros do clero na gestão de casos de abuso sexual".

"Alguns deles são acusados de terem cometido abusos sexuais no passado", especifica o comunicado de imprensa.

O semanário SonntagsBlick noticia hoje que um ex-padre acusou, numa carta, quatro bispos atuais e dois ex-bispos de encobrir casos de abuso sexual por parte do clero na Suíça.

Entre os quatro, um foi acusado de assediar sexualmente um menino, segundo o jornal.

A Conferência reconheceu na sua declaração que uma carta datada de finais de maio continha acusações relativas ao "tratamento de casos de abuso sexual".

Algumas destas pessoas "são elas próprias acusadas de terem cometido abusos sexuais no passado", refere o comunicado, sublinhando que "as autoridades competentes foram informadas dos casos mencionados na carta".

A carta foi dirigida a Martin Krebs, núncio apostólico na Suíça, que transmitiu as acusações ao dicastério em Roma.

Em 23 de junho, o dicastério ordenou uma investigação preliminar e nomeou o bispo Joseph Bonnemain para liderar a investigação que deverá ser concluída antes do final do ano, segundo a mesma fonte.

"O principal objetivo desta investigação eclesiástica preliminar é a acusação de ocultação de casos de abuso", argumentou a Conferência.

"As investigações sobre alegados crimes sexuais são principalmente da competência da polícia e do Ministério Público", acrescentou.

A Conferência esclareceu que as suas diretrizes exigem que os líderes religiosos apresentem queixas às autoridades em todos os casos em que haja suspeitas de abuso sexual contra menores.

Leia Também: Novo patriarca de Lisboa admite indemnizar vítimas de abusos da Igreja

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