A ajuda do Governo de Paris foi divulgada pela ministra dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna, frisando que não existem interferências francesas nos planos de socorro no terreno.
"Marrocos é um país soberano e cabe-lhe organizar a ação de socorro", afirmou Catherine Colonna no canal de notícias BFMTV, acrescentando que o país não "recusou qualquer ajuda", inclusive de França.
A chefe da diplomacia francesa apelou ainda para que não se gerem "falsas polémicas" numa altura em que "as pessoas precisam de ajuda", afastando diferendos diplomáticos com as autoridades marroquinas.
Inicialmente, Marrocos comunicou que iria aceitar ajuda de apenas quatro países na sequência do forte sismo que atingiu o país na sexta-feira: Espanha, Reino Unido, Qatar e Emirados Árabes Unidos.
"Com o progresso das operações de intervenção, à medida que a avaliação das eventuais necessidades evolui, isso pode levar-nos a recorrer a ofertas de apoio propostas por outros países amigos, de acordo com as necessidades de cada etapa", referia depois um comunicado de Rabat, citado pela agência de notícias espanhola EFE no domingo.
Segundo os dados provisórios oficiais mais recentes, o sismo, que atingiu a região de Marraquexe na sexta-feira, fez pelo menos 2.122 mortos e 2.421 feridos.
O tremor de terra, cujo epicentro se registou na localidade de Ighil, 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe, foi sentido em Portugal e Espanha, tendo atingido uma magnitude de 7,0 na escala de Richter, segundo o Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos.
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