UNICEF Portugal apela à solidariedade para com Marrocos e Líbia

A UNICEF Portugal apelou hoje à sociedade civil para contribuir solidariamente para um Fundo de Emergência destinado a apoiar as crianças em situação de emergência na sequência dos catastróficos sismo em Marrocos e tempestades e cheias na Líbia.

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© Ashley Chan/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
12/09/2023 16:11 ‧ 12/09/2023 por Lusa

Mundo

UNICEF Portugal

Num comunicado, a secção portuguesa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lembra que, em três dias, "o mundo testemunhou duas catástrofes naturais de grande escala", que deixaram milhares de mortos e feridos, e afetaram a vida de centenas de milhares de pessoas, especialmente crianças, em Marrocos e na Líbia. 

No apelo, a UNICEF Portugal salienta que, com o Fundo de Emergência, será possível atuar em menos de 48 horas "e salvar vidas, em qualquer lugar do mundo, a qualquer hora".

Sobre o tremor de terra de sexta-feira passada em Marrocos, o evento sísmico mais forte a atingir o país desde 1960, a UNICEF Portugal recorda que ocorreu pouco depois das 23:00 locais "quando a maioria das crianças e famílias estaria em casa a dormir". 

"As Nações Unidas estimam que mais de 300.000 pessoas foram afetadas pelo sismo, principalmente em Marraquexe e nas montanhas do Alto Atlas", indica-se no comunicado, com a UNICEF a estimar que mais de 100 mil crianças estão a ser afetadas.

O sismo que atingiu Marrocos a 08 de setembro causou mais de 2.800 mortos e mais de 2.500 feridos e provocou danos generalizados na região de Marraquexe.

O tremor de terra, cujo epicentro se registou na localidade de Ighil, 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe, foi sentido em Portugal e Espanha, tendo atingido uma magnitude de 7,0 na escala de Richter, segundo o Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos. O Serviço Geológico dos Estados Unidos registou uma magnitude de 6,8.

O sismo é o mais mortífero em Marrocos desde aquele que destruiu Agadir, na costa oeste do país, em 29 de fevereiro de 1960, causando entre 12.000 e 15.000 mortos, um terço da população da cidade.

"O sismo destruiu milhares de casas, deixando famílias sem abrigo e expostas ao frio da noite. Escolas, hospitais e outras infraestruturas essenciais foram danificadas pelo sismo, comprometendo o acesso à educação, à saúde e aos serviços básicos, o que afeta ainda mais as crianças", prossegue a UNICEF Portugal no comunicado.

Em relação à tempestade na Líbia, a UNICEF Portugal sublinha que o número de vítimas mortais "está a aumentar drasticamente" e afirma-se "pronta" para apoiar as operações de socorro, fornecendo ajuda essencial às pessoas deslocadas, às crianças e aos hospitais.

Segundo a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV), o número de desaparecidos nas inundações na Líbia ronda as 10 mil pessoas, enquanto o dos mortos já ultrapassa os 2.000.

"Como resposta à emergência, a UNICEF está a mobilizar recursos vitais, incluindo equipamento médico essencial para ajudar 10.000 pessoas, roupas para proteger 500 crianças e 1.100 kits de higiene. As equipas da UNICEF estão preparadas para fornecer mais apoio conforme necessário", lê-se no comunicado.

O fundo para resposta a emergências da UNICEF enfrenta um enorme desafio de financiamento para atender às crescentes necessidades humanitárias no mundo. 

Apesar da generosidade dos doadores, que contribuíram com 3.240 milhões de dólares (3.025 milhões de euros) até ao final de junho deste ano, o fundo ainda tem um défice de 70%. 

Tal significa que faltam 7.700 milhões de dólares (7.190 milhões de euros) para responder, entre outras, às situações de crise mais críticas em 12 países (Sudão, Burkina Faso, República Democrática do Congo, Myanmar, Haiti, Etiópia, Iémen, Somália, Sudão do Sul, Bangladesh, Afeganistão e Síria), às quais acrescem as novas situações de emergência.

Leia Também: "Há poucos ou nenhum lugar pior para ser criança" do que na RDCongo

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