Líbia. EUA disponibilizam fundos para lidar com consequências do ciclone

Os EUA vão enviar fundos de emergência à Líbia para ajudar a enfrentar as consequências do ciclone que atingiu no domingo o nordeste do país e que, segundo dados preliminares, pode ter causado milhares de mortos e 10.000 desaparecidos.

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© Abdullah Mohammed Bonja/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
13/09/2023 00:13 ‧ 13/09/2023 por Lusa

Mundo

Líbia

"Neste momento difícil, os Estados Unidos estão a enviar fundos de emergência para organizações de ajuda e estão a coordenar-se com as autoridades líbias e a ONU para fornecer apoio adicional", sublinhou hoje o Presidente norte-americano Joe Biden, sem especificar o montante fornecido.

Num comunicado divulgado pela Casa Branca, o chefe de Estado norte-americano referiu que o próprio e a primeira-dama, Jill Biden, enviam as "mais profundas condolências a todas as famílias que perderam os seus entes queridos nas inundações devastadoras".

"Unimo-nos ao povo líbio no luto pela perda de tantas vidas e enviamos a nossa esperança a todos os desaparecidos", concluiu o governante na nota divulgada pela Casa Branca.

A tempestade mediterrânica Daniel causou inundações devastadoras em muitas cidades no leste da Líbia na noite de domingo, mas a destruição foi pior em Derna, onde bairros inteiros desapareceram.

As equipas de resgate ainda estão em plena atividade no leste da Líbia e já recuperaram centenas de cadáveres dos escombros daquela cidade costeira, sendo que as agências humanitárias estimam que, só em Drena, morreram cerca de 2.000 pessoas.

Durante a manhã de hoje, o responsável na Líbia da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho Tamer Ramadan adiantou estarem desaparecidas 10 mil pessoas e acrescentou que o número de mortos é "enorme" e deverá chegar a milhares nos próximos dias.

Segundo adiantou, a situação na Líbia é "tão devastadora como a situação em Marrocos", onde um terramoto e várias réplicas causaram enorme devastação.

Entretanto, o primeiro-ministro do Governo do leste da Líbia, Ossama Hamad, disse que muitos dos desaparecidos terão sido levados pelas águas depois de duas barragens terem ruído na segunda-feira, libertando um total de 33 milhões de metros cúbicos de água.

A Líbia está, há mais de uma década, dividida entre duas administrações rivais: uma no leste e outra no oeste, cada uma apoiada por diferentes milícias e governos estrangeiros.

O conflito deixou o país do Norte de África, rico em petróleo, em pleno caos, com infraestruturas desintegradas e inadequadas.

Leia Também: Cheias na Líbia. França envia ajuda de emergência para apoiar vítimas

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