O dia de hoje está a ser marcado pelo encontro de Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, e Vladimir Putin, presidente russo, que se reuniram na região leste da Rússia.
Ambas as nações podem ser úteis uma à outra e, apesar de distantes, têm uma série de coisas em comum, desde inimigos partilhados... a uma dependência da China.
Nesse âmbito, o editor da BBC para a Rússia, Steve Rosenberg, e a correspondente da BBC em Seul, Jean Mackenzie, analisaram as razões pelas quais os dois países podem querer ser amigos e sugerem três pontos essenciais.
O primeiro deles tem a ver com o facto de "ambos terem coisas que interessam ao outro", começa por elencar Steve Rosenberg.
"A Coreia do Norte tem artilharia e armas que podem interessar à Rússia", refere, enquanto "a Coreia do Norte, após anos com um regime de fronteiras fechadas, tem escassez de alimentos, petróleo e dinheiro", destaca Jean.
Em segundo lugar, ambos os países "têm um inimigo em comum: o Ocidente, em especial os Estados Unidos", sendo que Rússia e Coreia do Norte estão sob sanções internacionais que as colocam em isolamento.
E, por fim, a China. Na sequência destas sanções, a Rússia tornou-se muito dependente da China. Também a Coreia do Norte parece apoiar-se cada vez mais em Pequim, estando dependente desta aliança. Posto isto, referem os dois especialistas da BBC, dá sempre jeito ter mais que um amigo.
Assim sendo, com ou sem armas, ambos os países parecem querer enviar uma mensagem aos seus rivais, revelando que vão fazer amizade com "quem lhes apetecer".
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