Ucrânia? Kim Jong-un convencido da vitória da "Grande Rússia"

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, manifestou-se hoje convencido da vitória do exército e do povo da "Grande Rússia" na Ucrânia, durante um almoço que lhe foi oferecido pelo presidente russo, Vladimir Putin.

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Lusa
13/09/2023 11:07 ‧ 13/09/2023 por Lusa

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Ucrânia

"Estou convencido de que o heroico exército e o povo russo, que herdaram brilhantemente as tradições de vitória, demonstrarão dignidade e honra em duas frentes: na operação militar especial e na construção de um Estado forte", disse Kim.

A Rússia designa oficialmente a invasão da Ucrânia, que iniciou em 24 de fevereiro de 2022, como uma "operação militar especial".

Kim brindou às "novas vitórias da Grande Rússia", citado pelas agências russas e internacionais.

O almoço seguiu-se a conversações entre os dois líderes no cosmódromo russo de Vostochny, na região siberiana de Amur, no extremo oriente da Rússia.

Kim disse que tenciona construir relações estáveis e duradouras com a Rússia com a ajuda do chefe do Kremlin.

"Vamos encorajar a construção de Estados fortes nos nossos países e manter uma verdadeira estabilidade internacional", afirmou.

Quanto ao conteúdo das conversações com Putin, que duraram mais de duas horas, Kim disse que discutiram em profundidade a "situação política e militar na Península Coreana e na Europa".

"A nossa visita atual ocorre num momento de confronto feroz na arena internacional entre os progressistas e os reacionários, entre a justiça e a injustiça, bem como a construção de um mundo multipolar", acrescentou Kim.

Putin brindou ao "futuro reforço da amizade e da cooperação" entre os dois países.

"Ao bem-estar e à prosperidade dos nossos povos", disse num tom solene, de acordo com a televisão estatal russa, citada pela agência francesa AFP.

"Um velho amigo é melhor do que dois novos", afirmou ainda Putin, recorrendo a um provérbio russo.

No início do encontro, Kim já tinha manifestado o "apoio total e incondicional" da Coreia do Norte à "luta sagrada" da Rússia para defender os seus interesses de segurança e soberania.

"Sempre apoiámos e apoiaremos todas as decisões do Presidente Putin", disse, esperando que a visita, a segunda que realiza à Rússia em quatro anos, eleve as relações bilaterais a um novo patamar.

Os Estados Unidos advertiram a Coreia do Norte de que sofrerá consequências se fornecer armamento à Rússia para a guerra contra a Ucrânia.

O porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, disse no final das conversações que a cooperação entre Moscovo e Pyongyang não é dirigida contra ninguém.

Peskov integrou a delegação de Moscovo às conversações, bem como os ministros da Defesa, Sergei Shoigu, dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, e dos Transportes, Vitaly Savelyev, segundo a agência russa TASS.

Participaram igualmente os vice-primeiros-ministros russos Marat Khusnullin, Alexey Overchuk e Denis Mantourov, que é também ministro da Indústria e do Comércio.

Leia Também: AO MINUTO: Kim Jong-un apoia Putin na "luta sagrada" contra o Ocidente

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