"Estou convencido de que o heroico exército e o povo russo, que herdaram brilhantemente as tradições de vitória, demonstrarão dignidade e honra em duas frentes: na operação militar especial e na construção de um Estado forte", disse Kim.
A Rússia designa oficialmente a invasão da Ucrânia, que iniciou em 24 de fevereiro de 2022, como uma "operação militar especial".
Kim brindou às "novas vitórias da Grande Rússia", citado pelas agências russas e internacionais.
O almoço seguiu-se a conversações entre os dois líderes no cosmódromo russo de Vostochny, na região siberiana de Amur, no extremo oriente da Rússia.
Kim disse que tenciona construir relações estáveis e duradouras com a Rússia com a ajuda do chefe do Kremlin.
"Vamos encorajar a construção de Estados fortes nos nossos países e manter uma verdadeira estabilidade internacional", afirmou.
Quanto ao conteúdo das conversações com Putin, que duraram mais de duas horas, Kim disse que discutiram em profundidade a "situação política e militar na Península Coreana e na Europa".
"A nossa visita atual ocorre num momento de confronto feroz na arena internacional entre os progressistas e os reacionários, entre a justiça e a injustiça, bem como a construção de um mundo multipolar", acrescentou Kim.
Putin brindou ao "futuro reforço da amizade e da cooperação" entre os dois países.
"Ao bem-estar e à prosperidade dos nossos povos", disse num tom solene, de acordo com a televisão estatal russa, citada pela agência francesa AFP.
"Um velho amigo é melhor do que dois novos", afirmou ainda Putin, recorrendo a um provérbio russo.
No início do encontro, Kim já tinha manifestado o "apoio total e incondicional" da Coreia do Norte à "luta sagrada" da Rússia para defender os seus interesses de segurança e soberania.
"Sempre apoiámos e apoiaremos todas as decisões do Presidente Putin", disse, esperando que a visita, a segunda que realiza à Rússia em quatro anos, eleve as relações bilaterais a um novo patamar.
Os Estados Unidos advertiram a Coreia do Norte de que sofrerá consequências se fornecer armamento à Rússia para a guerra contra a Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, disse no final das conversações que a cooperação entre Moscovo e Pyongyang não é dirigida contra ninguém.
Peskov integrou a delegação de Moscovo às conversações, bem como os ministros da Defesa, Sergei Shoigu, dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, e dos Transportes, Vitaly Savelyev, segundo a agência russa TASS.
Participaram igualmente os vice-primeiros-ministros russos Marat Khusnullin, Alexey Overchuk e Denis Mantourov, que é também ministro da Indústria e do Comércio.
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