China avisa: Compra de armas vai empurrar Taiwan "para limiar da guerra"

A China advertiu hoje o partido no poder em Taiwan que a compra de armamento aos Estados Unidos "só vai empurrar" a ilha "para o limiar da guerra" e "trazer desastres" ao povo do território.

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Lusa
13/09/2023 12:34 ‧ 13/09/2023 por Lusa

Mundo

China

A porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado (Executivo), Chen Binhua, denunciou numa conferência de imprensa que, desde que o Partido Democrático Progressista (DPP) chegou ao poder, em 2016, o orçamento e as despesas de armamento da ilha aumentaram todos os anos.

Segundo a porta-voz, que citou artigos de imprensa, entre 2020 e 2022, Taiwan foi o principal comprador de armas dos Estados Unidos e o orçamento de Defesa do território para o próximo ano vai ser o dobro do que era há oito anos.

"Avisamos solenemente as autoridades do DPP que qualquer tentativa de alcançar independência pela força não alterará o nosso firme compromisso de resolver a questão de Taiwan e de conseguir a reunificação completa da China", disse Chen.

A porta-voz acrescentou que qualquer tentativa desse género "será inútil à luz da formidável força [da China] na salvaguarda da sua soberania e integridade territorial".

No mês passado, o governo da ilha propôs aumentar os gastos com a defesa em 3,5%, para atingir 606,8 mil milhões de dólares taiwaneses (17,41 mil milhões de euros) ou cerca de 2,5% do PIB (produto interno bruto) de Taiwan, em 2024. Seria o maior orçamento de Defesa de sempre do território.

Face à escalada das tensões com a China, o serviço militar obrigatório foi também alargado de quatro meses para um ano, em março passado.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.

A China tem enviado navios de guerra, bombardeiros, aviões de combate e aviões de apoio para o espaço aéreo perto de Taiwan quase diariamente, na esperança de esgotar os limitados recursos de defesa da ilha e reduzir o apoio à líder pró - independência do território, Tsai Ing-wen.

Taiwan vai realizar eleições presidenciais no próximo ano, mas a aproximação entre Pequim e o Partido Nacionalista do território, pró - unificação, não conseguiram encontrar ressonância entre os eleitores taiwaneses, que nas últimas duas eleições deram a vitória ao Partido Democrático Progressista, que defende a independência do território.

Leia Também: Jinping eleva relação com Venezuela para nível máximo no protocolo chinês

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