"Ocorreram danos na fábrica de reparação naval Sergo Ordzhonikidze, na cidade de Sebastopol", disseram representantes da secreta militar ucraniana (GUR), acrescentando que o ataque atingiu "um grande navio de desembarque e um submarino".
De acordo com dois canais russos de Telegram, Baza e Shot, o submarino Rostov e o navio militar Minsk são os que sofreram danos no ataque, cuja responsabilidade foi reivindicada pela Força Aérea Ucraniana através do seu comandante, Mikola Oleshchuk.
O Ministério da Defesa russo indicou hoje de manhã que a Ucrânia utilizou dez mísseis de cruzeiro para atacar o porto de Sebastopol, dos quais sete foram intercetados, bem como três 'drones' da marinha ucraniana.
Segundo o Ministério da Defesa russo, os navios danificados serão reparados e continuarão ao serviço.
As autoridades russas na península da Crimeia, anexada em 2014, contabilizaram 24 feridos no ataque.
"De acordo com informações preliminares, o incêndio foi causado por um ataque com mísseis", escreveu o governador russo em Sebastopol, Mikhail Razvozhayev, no Telegram.
O estaleiro atacado pertence à principal base da Marinha Russa no Mar Negro e é usado para reparar e construir navios militares.
A Ucrânia intensificou nos últimos meses os ataques com 'drones', mísseis e embarcações de desembarque contra Sebastopol e outras áreas da Crimeia.
Após o ataque em Sebastopol, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, afirmou em declarações à televisão estatal que a Rússia não tem outra escolha senão vencer na Ucrânia.
"Não temos outra opção", respondeu o ministro à pergunta do jornalista do canal Rossía-1 se a Rússia vencerá na Ucrânia, país invadido pelas tropas de Moscovo em fevereiro de 2022.
Shoigu, que participou nas negociações russo-norte-coreanas realizadas hoje no cosmódromo de Vostochny, afirmou que as tropas russas "estão ocupadas em manter uma defesa ativa nos setores necessários".
"Em algumas partes, isso [a defesa] é mais difícil, noutras é mais simples. Mas posso dizer que os rapazes atuam com confiança, os comandantes atuam com confiança. Defendemos com segurança tudo o que precisamos defender", declarou.
No início de junho, o Exército ucraniano lançou uma contraofensiva nas frentes sul e leste do país e que, apesar de críticas de lentidão face às fortes linhas defensivas russas, o Governo de Kyiv afirma ter conseguido avanços importantes e desocupado vastos territórios.
A contraofensiva ucraniana, que a Rússia, por sua vez, declarou malsucedida, foi acompanhada por ataques de 'drones' e mísseis contra a retaguarda russa, incluindo em Moscovo.
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