"Nenhuma nação deveria ajudar Putin a matar ucranianos inocentes"

Os Estados Unidos advertiram hoje a Coreia do Norte de que nenhum país deve ajudar o Presidente russo Vladimir Putin a "matar inocentes ucranianos", sublinhando que Pyongyang terá que enfrentar as consequências se o fizer.

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© ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP via Getty Images

Lusa
13/09/2023 22:36 ‧ 13/09/2023 por Lusa

Mundo

John Kirby

"Continuamos a instar a Coreia do Norte a cumprir o seu compromisso público de não apoiar a guerra russa na Ucrânia. Nenhuma nação deveria ajudar Vladimir Putin de forma alguma a matar ucranianos inocentes", frisou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, em conferência de imprensa.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, reuniu-se hoje com o Presidente russo, Vladimir Putin, durante uma visita excecional à Rússia destinada a reforçar as suas relações, em particular as militares.

A cimeira decorreu no cosmódromo russo de Vostochny, na região siberiana de Amur.

Putin declarou ver perspetivas de cooperação militar e espacial com a Coreia do Norte, apesar das sanções internacionais impostas a Pyongyang por causa dos seus programas nucleares e da produção de novos mísseis.

"Se decidirem avançar com algum tipo de acordo de armas, certamente haverá repercussões para a Coreia do Norte, quer por parte dos Estados Unidos, quer da comunidade internacional", sublinhou Kirby.

Washington considera provável que Moscovo procure equipamentos militares.

"[A Rússia] Depende muito da artilharia, por isso algum tipo de [acordo sobre] artilharia é muito possível", concluiu.

Para Washington, a aproximação da Rússia à Coreia do Norte, bem como ao Irão, que fornece 'drones' (aparelhos não tripulados) a Moscovo, "atesta o seu desespero" na guerra que trava na Ucrânia.

O líder norte-coreano chegou ao Extremo Oriente russo perante as fortes suspeitas do Ocidente sobre a intenção de ambos os países reforçarem a cooperação militar e espacial através de um acordo de fornecimento de armas e tecnologia.

Segundo fontes ocidentais, Kim estaria disposto a apoiar a guerra de Moscovo com milhões de projéteis de artilharia e munições.

Kim Jong-un viajou para a Rússia com uma delegação que incluía a sua irmã Kim Yo-Jong, e os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, bem como o diretor do Departamento Industrial de Munições e o secretário de Ciência e Educação do Comité Central do Partido dos Trabalhadores, ligado ao programa espacial norte-coreano.

Leia Também: Casa Branca diz que exército ucraniano "fez avanços notáveis"

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