O contrato de 5,06 mil milhões de euros (cerca de 4,72 mil milhões de euros), notificado ao Congresso norte-americano, prevê a venda a Seul de até 25 exemplares deste avião de combate fabricado pela Lockheed Martin, considerado o mais eficiente do mercado e equipado com capacidades 'stealth' [invisível aos radares].
A venda "aumentará a capacidade da Coreia do Sul para enfrentar ameaças atuais e futuras, fornecendo uma capacidade de defesa credível para dissuadir a agressão na região e garantir a interoperabilidade com as forças dos EUA", destacou o Departamento de Defesa na nota de imprensa.
Não vai alterar "o equilíbrio militar na região", garantiu a mesma fonte.
A Coreia do Sul utiliza F-35 desde 2018 e os Estados Unidos só aprovam a venda destes aviões aos seus parceiros mais próximos, tendo a Turquia, por exemplo, sido excluída deste programa, após ter adquirido à Rússia um sistema de defesa antimísseis.
A venda ocorre num momento de tensões com Pyongyang, que voltou a lançar hoje dois mísseis balísticos de curto alcance, e cujo líder Kim Jong-Un está na Rússia para uma cimeira com o Presidente Vladimir Putin.
O líder norte-coreano chegou ao Extremo Oriente russo perante as fortes suspeitas do Ocidente sobre a intenção de ambos os países reforçarem a cooperação militar e espacial através de um acordo de fornecimento de armas e tecnologia.
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul realizam regularmente manobras militares, a última das quais em agosto passado, iniciativa que irritou Pyongyang.
Seul e Washington afirmam que as manobras são de natureza defensiva e visam reforçar a cooperação entre aliados.
Os Estados Unidos reforçaram recentemente os seus laços com o Japão e a Coreia do Sul, com o Presidente Joe Biden a receber os seus líderes em agosto em Camp David.
A lei norte-americana prevê que o Departamento de Estado aprove a venda de armas a países terceiros e informe o Congresso.
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